Pela primeira vez, Rio terá mulher na chefia da Defensoria Pública
Em 68 anos de existência, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro será chefiado por uma mulher pela primeira vez. Ontem (16), o governador Cláudio Castro nomeou para o posto Patrícia Cardoso. Ela tomará posse em janeiro para um mandato de dois anos, sendo permitida uma recondução.
Conforme a legislação, o defensor público-geral do Estado deve ser escolhido entre os integrantes de lista tríplice formada mediante votação dos membros da instituição. A eleição ocorreu no início de novembro e foram contabilizados 1.115 votos. Três candidatas disputaram o pleito. Patrícia foi a mais votada com 55,4%, sendo acompanhada por Suyan Liberatori, com 36,4%, e Sheila Soares, com 27,1%.
Embora legalmente pudesse escolher para o posto qualquer uma das três, o governador respeitou a tradição de nomear a mais votada. Em nota divulgada pela Defensoria Pública, Patrícia afirmou que pretende promover o desenvolvimento das atividades institucionais a partir do aprimoramento das ferramentas tecnológicas e estruturar cada vez mais a pauta de direitos da mulher. "Cada minuto da minha gestão será transformador sob a perspectiva de gênero, dentro e fora da instituição", disse a nova defensora pública geral do Estado.
Patrícia Cardoso é graduada em Direito pela Universidade Gama Filho. Ingressou da Defensoria Pública em 1994 e se tornou titular do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) a partir de 2011. Desde outubro de 2020, exerce a função de coordenadora cível da Defensoria Pública fluminense, sendo responsável por toda a assessoria institucional em matéria cível. Ela também foi professora de Direito da Universidade Estácio de Sá entre 1998 e 2010.