No coração da Amazônia, está a cidade de Maués, conhecida como a capital do guaraná. Ali, tanto a população rural quanto a da cidade consome no seu dia a dia a fruta que, para os indígenas Sateré-Mawé, significa “a fonte de sabedoria”. Apesar da região não ser mais o principal fornecedor do país, a qualidade e as certificações obtidas pelos produtores locais conseguiram mudar a vida de quem vive de plantar e colher o fruto.
Antes mesmo da chegada dos portugueses ao Brasil, os indígenas das etnias Sateré-Mawé e Munduruku já produziam o guaraná. Séculos depois, mesmo com a popularização do consumo, o plantio nem sempre era vantajoso para o agricultor. O produtor Adeílson Gomes de Souza, conhecido como Dedeco, lembra do quanto vendia há alguns anos. "O preço do guaraná chegou a uma crise que foi a R$5 o quilo. Hoje, a gente está vendendo a R$45”, conta.