Pais de alunos do Colégio Pedro II protestaram hoje (7) em frente a cinco campi da escola pedindo aulas 100% presenciais. O colégio, que faz parte da rede federal de ensino no Rio de Janeiro, retomou nesta segunda-feira as aulas em regime híbrido.
Em nota, a reitoria explicou que a decisão ocorreu devido ao recrudescimento da pandemia da covid-19 com o surgimento da variante Ômicron do novo coronavírus.
As manifestações ocorreram em frente aos campi Centro, Tijuca, Realengo, Humaitá e São Cristóvão, no Rio de Janeiro e no campus Niterói. Participaram pais, mães, responsáveis e os próprios estudantes, que pediam a volta às salas de aula.
Em cartazes, diziam que as redes estadual e municipal do Rio retomaram as aulas presenciais e questionavam por que o Colégio Pedro II não fazia o mesmo.
No último dia 2, o Colégio informou que até a reavaliação do atual cenário, o ensino será híbrido, ou seja, será mantido o ensino remoto, composto por atividades pedagógicas síncronas e assíncronas. As aulas presenciais terão como objetivo a complementação pedagógica organizada a fim de fazer acompanhamento e orientação de alunos.
O Pedro II tem 14 campi no Rio de Janeiro, incluindo as cidades de Niterói e Duque de Caxias, além de um Centro de Referência em Educação Infantil, em Realengo, na zona oeste da capital. São, ao todo, cerca de 13 mil estudantes da educação infantil ao ensino médio e de pós-graduação.
A volta presencial não é consenso entre os pais de alunos. Muitos defendem a decisão da escola de manter as aulas remotas. "Sou a favor do retorno [presencial], mas para isso ocorrer acho que o mínimo é os alunos estarem vacinados", ressalta o servidor público federal Victor Hugo de Oliveira, que é um dos pais contrários ao ensino 100% presencial no momento.
Em nota, a reitoria do Colégio Pedro II diz que encaminhou mensagem ao Conselho Superior, para que seja tratada na Reunião Extraordinária do dia 11 de fevereiro, uma minuta de portaria que determina a implementação de regime semipresencial com alternância semanal de 50% dos estudantes de cada turma em atividades presenciais, que é o Plano B que consta da Portaria nº 2.389/2021.
O Plano Contingencial B da portaria prevê que “em um cenário em que o retorno pleno não seja possível, será instituído regime de semipresencialidade, com: I - divisão em 50% dos estudantes da turma, em grupos A e B, com presença semanal, de cada um dos grupos no turno do estudante; e II - espelhamento da carga horária síncrona para o presencial” e que, “na alternância, os estudantes que não estiverem na semana presencial terão atividades assíncronas das disciplinas”.
O documento estabelece ainda que esta semana, de 7 a 11 de fevereiro, seja de planejamento do retorno às atividades presenciais pelas direções-gerais e coordenações pedagógicas. Neste período, se propõem a manutenção do sistema de ensino remoto.
A minuta de portaria observa que o planejamento deve levar em consideração a vigência da Instrução Normativa nº 90, do Ministério da Economia, e conter soluções para lidar com os 319 afastamentos de servidores que legalmente permanecerem em trabalho remoto, dadas as suas comorbidades autodeclaradas, e que configuram 14,5% do total de servidores da instituição. O Conselho Superior do Colégio Pedro II fará, no dia 25 deste mês o reexame das condições sanitárias.