Rio: obra de saneamento prevê remoção de 800 famílias do Jacarezinho

Por Agência Brasil

Cerca de 800 famílias, que vivem às margens dos rios Jacaré e Salgado, na comunidade do Jacarezinho, na zona norte do Rio, devem ser removidas do local no segundo semestre deste ano. Os moradores terão que sair por causa das obras de saneamento em andamento na região.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) iniciou na segunda-feira (24) intervenções de limpeza e de desassoreamento, com retirada de entulhos e materiais que obstruem o escoamento natural dos dois rios. As obras fazem parte do Programa Cidade Integrada que o governo do estado desenvolve no Jacarezinho e na comunidade da Muzema, na zona oeste da cidade.

Segundo o Inea, para o segundo semestre, estão previstas obras de canalização do Rio Salgado; urbanização do entorno, com criação de espaços públicos de lazer; calçamento; implantação de ciclovias e pavimentação dos espaços públicos que margeiam o rio. O Inea informa que, após essa fase, será discutido com a comunidade o melhor modelo de reassentamento.

O instituto informou que o número de famílias que vivem em áreas de risco e deverão ser removidas é uma estimativa inicial e que as dimensões da faixa marginal de proteção vão variar, embora boa parte dos pontos invadidos seja de 2,5 metros.

Em resposta à Agência Brasil, o instituto informou que, nos próximos dias, técnicos do estado vão visitar visitar cada imóvel para traçar o perfil socioeconômico dos moradores. O melhor modelo para indenizar as famílias, seja por reassentamento ou indenizações pelas benfeitorias, ainda será discutido com a comunidade, acrescentou o Inea.

Nos dois primeiros dias de limpeza e desassoreamento dos rios, a Secretaria de Estado do Ambiente e o Inea retiraram 150 toneladas de resíduos. Estão previstos gastos de R$ 147 milhões, e as obras devem ser concluídas em até 32 meses.

O secretário do Ambiente, Thiago Pampolha, disse que o Programa Cidade Integrada foi planejado para garantir qualidade de vida e segurança ambiental para a população. “A Secretaria do Ambiente e o Inea vão atuar para que os moradores não sofram mais com o impacto das chuvas na região”, afirmou.