5 formas de desenvolver a inteligência emocional nas crianças

Por Gazeta News

inteligência emocional creative commons

Aprimorar a compreensão sobre as próprias emoções é essencial para uma criança emocionalmente saudável, de acordo com o psicólogo Marcelo Mendes, da PUC-Campinas (São Paulo). É isso que a psicologia chama de inteligência emocional (QE): a habilidade de reconhecer os próprios sentimentos, compreender os dos outros e saber lidar com eles. As informações são da “Revista Crescer”.

A inteligência emocional é tão importante quanto o quociente de inteligência (QI), porque confere a serenidade e o discernimento necessários para que as funções cognitivas trabalhem plenamente. Veja cinco pontos-chave para desenvolver a QE no seu filho:

1. Vínculos afetivos e efetivos: Acompanhar (e não apenas cobrar) o filho. Mesmo ao mais ocupado dos pais, não pode faltar o momento de conversar, orientar, pegar na mão, olhar nos olhos e entender as angústias. Isso vai contribuir para que o seu filho se sinta seguro e saiba que pode contar com você.

2. Autoestima: Autoestima de verdade tem mais a ver com permitir que a criança se sinta segura, arrisque-se mais e confie no próprio potencial, sem depender das opiniões alheias. O elogio é válido desde que seja pertinente. “Em vez de elogiar a capacidade, parabenize o esforço. Aí, sim, a criança será motivada a sempre superar a si mesma”, diz a psicopedagoga Quézia Bombonato, da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).

3. Resiliência: Uma revisão de estudos da Universidade da Pensilvânia descobriu que equipes escolares preocupadas em ensinar resiliência e otimismo no dia a dia protegem as crianças contra a depressão, aumentam a satisfação com a vida e melhoram a aprendizagem. O exercício dessa habilidade depende da interação com o outro, ao fazer com que a criança entenda que nem sempre tudo vai acontecer como deseja. Às vezes, é preciso esperar, outras, é necessário ceder ou recuar.

4. Frustrações: Uma boa dose delas dá ao seu filho algo importante: choque de realidade. Não ganhar um brinquedo ou perder um jogo pode fazê-lo sofrer, mas são ótimos ensaios para as situações que precisará enfrentar mais para a frente, quando se deparar com um “não”. Saiba que ele vai se decepcionar e chorar. Mas também vai aprender.

5. Brincar muito: Toda angústia ou receio que incomoda seu filho e ele não sabe expressar pode ser manifestado de forma espontânea no ato de brincar. É pela diversão, principalmente coletiva, que se desenvolve o senso de competência, de pertencimento, o controle da agressividade e o bem-estar.