Uma pesquisa de um universidade britânica, divulgada pela rede BBC, constatou que o segredo para um casamento feliz está na inteligência e idade da mulher. Uma esposa mais inteligente e, no mínimo, cinco anos mais jovem do que o marido é sinônimo de felicidade.
A constatação causou uma grande polêmica e foi publicada na revista científica European Journal of Operational Research. Segundo a pesquisa da universidade de Bath, a combinação inteligente e jovem é a que tem maior probabilidade de dar certo no longo prazo, especialmente se nenhum dos dois tiver sido divorciado no passado. O casal em que nenhum dos dois foi divorciado também tem chance de durar mais tempo. Mas, casais em que apenas uma das pessoas foi divorciada são mais instáveis do que casais em que os dois já foram casados antes.
Os pesquisadores entrevistaram mais de mil casais casados ou em relações estáveis. Após cinco anos, eles checaram qual deles, ainda estavam juntos. Nos casos onde a esposa era mais velha que o marido em cinco anos ou mais, as chances de divórcio aumentaram para três vezes. Se a diferença de idade é invertida, com o homem mais velho do que a mulher, as chances de sucesso no casamento aumentam.
Com relação à inteligência, outro fator polêmico. Quanto maior a escolaridade da esposa, maiores as chances do casal continuar junto por mais tempo. Para o pesquisador Emmanuel Fragniere, homens e mulheres escolhem seus parceiros “com base no amor, atração física, semelhança de
gostos, crenças e atitudes, e valores em comum”, mas fatores objetivos, como idade, educação e origem cultural, também podem ajudar a diminuir os casos de divórcio.
Homens vivem mais...
Uma outra pesquisa reforça ainda mais sobre o relacionamento dos homens,
com mulheres mais jovens. Desta vez, na Dinamarca, um dos países mais desenvolvidos no mundo, revelou outra estatística: os homens que escolhem parceiras no mínimo 15 anos mais novas aumentam em 20% a expectativa de vida. Quanto maior a diferença de idade, mais eles vivem.
O estudo foi feito por um instituto alemão que, durante 15 anos, analisou certidões de óbito de dinamarqueses casados, com mais de 50 anos. “Meu avô viveu até os 90 anos, então acho que essa pesquisa é verdadeira. Só andava arrumado, perfumado”, conta o comerciante Alex Monteiro. “A menina tinha 24 anos e ele tinha 76”.
De acordo com a opinião do cardiologista Evandro Tinoco, Alex pode ter razão. “Com certeza alguns homens casados com mulheres mais novas buscam uma mudança grande da sua qualidade de vida, passam a ter um autocuidado maior. Isso pode, a longo prazo, ter um impacto positivo com relação à melhora das condições de saúde”, explica o médico.
Já para a ala feminina, as estatísticas na Dinamarca apontaram outra conclusão. Elas vivem mais quando casam com alguém da mesma idade. Se o parceiro for mais de 15 mais velho, ou muito mais novo, o risco de a mulher morrer antes da hora aumenta em até 30%.
DEPOIMENTOS
A mineira Mara Gomes é uma testemunha de que a pesquisa britânica pode ter fundamento. Ela é casada com um homem 19 anos mais velho e garante que não sente essa diferença de idade. “Não sinto diferença de idade entre eu e meu marido, muito pelo contrário. Somos muito parecidos, gostamos das mesmas coisas”, disse. Em muitos casos a atitude da pessoa é mais importante do que a idade, e isso é o que Mara sente em relação ao marido. “Ele é jovem, se veste com roupas jovens, tem pensamentos jovens”. Para essa brasileira é muito mais fácil lidar com alguém com quem ela possa aprender no relacionamento a dois. “É mais fácil ter relacionamento com pessoas mais velhas pois eles passam mais segurança, têm uma relação
mais madura, mais cumplicidade, mais respeito”, acredita. Com um relacionamento estável e apaixonado, o casal Mara e Anderson Gomes são uma prova de que juventude e inteligência no relacionamento são sinônimo de felicidade. E Mara ainda completa, com atitude de quem sabe das coisas. “Quando os dois são jovens acho que brigam mais”, finaliza.
A paulista Ana Paula Cavallini Penteado discorda da pesquisa britânica. É
casada com um homem 14 anos mais jovem e tem uma relação feliz há 6.
“Acho que já vivi as duas situações. Primeiro fui casada com um homem mais velho do que eu, com quem tive duas filhas, Camila e Bruna. Esse primeiro casamento durou quase 12 anos, mas acabamos nos separando e hoje sou casada com Thiago Lima, que é mais jovem do que eu, e temos uma relação muito feliz. Tudo que eu tento mostrar para ele é sobre o que é certo ou errado numa relação a dois, considerando casamento, amizade, companheirismo e cumplicidade. Hoje mais madura e mais “pé no chão”, consigo enxergar os meus erros do passado, que foram muitos, e tento não cometê-los novamente. Isso sem dúvida, só traz benefícios para o meu atual
casamento. Talvez, pelo fato de ser mais velha do que o Thiago, hoje busco o equilíbrio e a ponderação, em tudo o que faço. E principalmente, já vivi tudo o que ele (Thiago) está começando a viver. Isso me proporciona a oportunidade de mostrar a ele onde os erros podem ou não acontecer, mesmo que ele corra o risco de errar. Hoje, tenho um casamento muito feliz, baseado sempre na confiança e respeito mútuo. O que contradiz a pesquisa. Sou mais velha que meu marido, me considero uma pessoa inteligente e tenho um casamento estável. Pela minha experiência, acho que o fator idade foi até melhor para a relação. E posso passar a receita dessa felicidade: “Ceder na hora certa, para permitir que ele experimente o novo. Participar, até nas loucuras, mesmo advertindo dos possíveis riscos. Dividir as alegrias, buscar solução para os problemas juntos. Equilibrar as diferenças e amar, amar e amar incondicionalmente; feito o amor
de mãe, que é incondicional.”