Mortes e residências perdidas em incêndios na Califórnia aumentam

Por Gazeta News

camp fire Jay Calderon the desert sun
O incêndio que atinge o norte da Califórnia desde a última quinta-feira, 9, o Camp Fire, já é considerado o mais letal e destruidor registrado na história do estado. Ao todo, são 31 mortes e centenas de residências destruídas pelo fogo. Com mais seis corpos descobertos, o número de mortos subiu para 29 nesta segunda-feira, 12, somente na parte norte do estado, onde está o Camp Fire. Mais de 8.000 bombeiros federais, estaduais e locais estão diretamente nas partes mais afetadas e tentam conter as chamas e retirar moradores. O estado sofre com outros dois focos de chamas no momento, e outras duas vítimas foram registradas pelo Woolsey Fire, que atinge a região sul do estado, somando o total de mortos nos incêndios ativos para 31. No total, os incêndios provocaram a fuga de mais de 250 mil pessoas. As autoridades trabalham para apagar as chamas e também descobrir a causa do Camp Fire, que afeta uma ampla região do condado de Butte, na cordilheira Sierra Nevada, ao norte da capital do estado, Sacramento. Ainda não há confirmação oficial, mas, segundo o jornal Sacramento Bee, autoridades do setor elétrico informaram que aconteceu um corte de energia perto do local de origem das chamas. Incêndio na Califórnia: Lady Gaga, Kim Kardashian e outros famosos deixam suas casas O Camp Fire já destruiu 67 mil imóveis, incluindo um hospital em Paradise, cidade de 27 mil habitantes. As chamas destruíram 45 mil hectares e foram contidas em apenas 25%, de acordo com o Cal Fire, que calcula que precisará de três semanas para controlar totalmente a situação. Segundo o chefe de polícia local, Kory Honea, os novos corpos foram encontrados em Paradise e seus arredores ao final do quarto dia de combate às chamas. Cerca de 228 pessoas ainda estão desaparecidas, enquanto 137 foram localizadas após amigos ou familiares terem afirmado que não tinham conseguido entrar em contato com elas. Até então, o incêndio que atingiu o Griffith Park, em Los Angeles, ocorrido em 1933, era o incêndio com o maior número de mortos na história da região, de acordo com o Departamento de Bombeiros da Califórnia (Cal Fire). A brasileira Renata Sartori que mora na região de San Bruno, no norte da Califórnia, a 2oo milhas (3 horas de distância do foco do Camp Fire), disse que somente ontem, domingo, 11, a situação melhorou um pouco, já estava sem muita fumaça forte, "dando para respirar normal, pois o vento estava jogando em outra direção". Incêndio provoca evacuação de pacientes em hospital na Califórnia No sábado, a situação do ar estava muito pior e a brasileira disse que não dava para sair ou ficar sem máscaras. "O cheiro de queimado aqui está horrível, estamos andando com máscaras e não conseguimos ver o sol", explicou. Famosos Já o Woolsey Fire, ao sul do estado, afeta os condados de Ventura - onde fica a cidade de Malibu, local onde moram alguns astros de Hollywood - e de Los Angeles. No último sábado, famosos como Lady Gaga, Kim Kardashian e Guillermo del Torotiveram que abandonar suas casas. Bastante consternado, o ator Gerard Butler postou em seu perfil do Instagram uma foto do que sobrou de sua casa em Malibu, completamente destruídapelas chamas.