A imigração está diretamente ligada à morte de 40 mil pessoas, desde o ano 2000, em todo o mundo. A estatística foi divulgada pela Organização Internacional para Imigração (IOM, na sigla em inglês), na última semana.
De acordo com o relatório Jornadas Fatais: Rastreando Vidas Perdidas durante a Imigração, 4.077 imigrantes morreram de janeiro a setembro de 2014, um aumento de 70% em relação a todo o ano de 2013 (2.400 vítimas). As traiçoeiras rotas de imigração do Mar Mediterrâneo respondem por grande parte das mortes: 3.072 (75%). Em seguida vêm o leste da África (251 mortes), a fronteira entre o México e os Estados Unidos (230 mortes) e o Golfo de Bengala, no Oceano Índico (205 mortes).
A Europa é o destino mais perigoso para imigrantes ilegais. Mais de 22 mil pessoas morreram desde 2000, sendo 4 mil no período de 2013 até agora. Apesar do perigo, cresce o número de imigrantes que cruzam o Mar Mediterrâneo em busca de abrigo em solo europeu. O relatório relembra a morte de 360 imigrantes africanos provenientes da Eritreia e da Somália, em outubro de 2013, que naufragaram ao tentar alcançar a Ilha de Lampedusa, na Itália.
A fronteira entre México e Estados Unidos é citada no relatório como uma região crítica, onde 6 mil imigrantes perderam a vida desde 2000, tentando entrar ilegalmente no país norte-americano. Porém, estatísticas apontam tendência de redução do número de vítimas.
Os dados estatísticos para a produção do relatório são coletados junto a governos e agências. Segundo o chefe do Departamento de Pesquisa da IOM, Frank Laczko, os números podem ser ainda maiores. Para o diretor-geral da IOM, William Lacy Swing, é tempo de fazer mais do que contar as vítimas. “É hora de o mundo se engajar para acabar com essa violência contra imigrantes desesperados”, salientou. As informações são da “Agência Brasil”.