
Morre na FL vítima de raiva transmitida por mordida de morcego
"Reduzir a raiva em cães é uma conquista notável do sistema de saúde pública dos EUA, mas com essa doença mortal ainda presente em milhares de animais selvagens, é importante que os americanos estejam cientes do risco", disse o diretor do CDC, Robert Redfield. O número de mortes nos Estados Unidos variou de 30 a 50 por ano na década de 1940, mas desde então caiu para uma a três mortes por ano graças à vacinação de rotina com animais de estimação e da disponibilidade de tratamento pós-exposição com vacinas e imunoglobulinas, proteínas que ativam o sistema de defesa do corpo para combater a infecção.Guaxinins são responsáveis por 65% dos casos de raiva animal na FL
O CDC recomenda três passos para evitar a raiva: Evitar contato com animais de vida selvagem, vacinar animais de estimação e procurar atendimento médico rapidamente em caso de mordida ou contato com saliva de animal selvagem.Transmissão e sintomas
A raiva é um vírus que infecta mamíferos. Quando um animal infectado morde um ser humano, a doença é transmitida da saliva, pela ferida aberta e pelos nervos, onde o vírus vai para o cérebro e para a medula espinhal. Esse processo pode levar entre três e 12 semanas. Antes de o vírus chegar ao cérebro, uma pessoa pode não ter sintomas ou apenas sintomas leves, como febre, fraqueza ou desconforto. Nesta fase, uma pessoa pode obter tratamento pós-exposição e ainda sobreviver. Mas uma vez que o vírus penetra no cérebro, ele se multiplica e passa por glândulas que produzem saliva, tornando-se mais de 99% fatais. Nesse momento, uma pessoa pode apresentar sintomas como confusão, comportamento anormal, alucinações, insônia, baba, dificuldade para engolir e hidrofobia, medo da água. A maioria das pessoas morre dentro de uma a duas semanas após esses sintomas tardios.Animais selvagens
De 1960 a 2018, 125 casos de raiva humana foram registrados nos Estados Unidos. Destes, 28% vieram do contato com cães fora dos Estados Unidos, onde as vacinas anti-rábicas podem não ser obrigatórias ou não estão disponíveis. Os casos adquiridos nos Estados Unidos vieram de espécies silvestres, com 70% resultantes de mordidas ou arranhões por morcegos e o restante devido ao contato humano com guaxinins, gambás ou raposas. Flórida Em um caso de ataque de animal selvagem e prevenção à transmissão da raiva na Flórida, a arquiteta brasileira Dani Guardini, atacada por um guaxinim na porta de um restaurante em Miami em agosto do ano passado, correu para o hospital para receber a vacina antitetânica e antirrábica, injeções próximo à ferida aberta (para evitar infecções, segundo os médicos), além de antibióticos. Relembre o caso aqui.