Com apoio da França e Reino Unido, os Estados Unidos lançaram 105 mísseis na Síria na noite de sexta-feira, 13, como represália a um suposto ataque químico no país na semana passada. Neste sábado, 14, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocou uma reunião de emergência a pedido da Rússia.
"A atual escalada da situação em torno da Síria tem um impacto devastador em todo o sistema de relações internacionais", disse o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Na manhã deste sábado, 14, o Pentágono fez um pronunciamento para explicar a ação e defendeu que era necessária e que não há relato de nenhum civil atingido. Já o exército sírio afirmou também neste sábado que obombardeio feriu três civis na província de Homs.
A porta-voz Dana White disse que o ataque não muda a estratégia dos Estados Unidos na Síria e que os norte-americanos não querem participar do conflito no país. "Lançamos o bombardeio para evitar que a Síria use armas químicas no futuro", disse. "Nosso objetivo na Síria continua sendo combater o Estado Islâmico", acrescentou.
O General Kenneth McKenzie afirmou que não há registros de vítimas civis. "Não estamos sabendo de nenhuma casualidade de civis decorrida do ataque até o momento. Depois do ataque o exército sírio disparou mísseis, que não sabemos onde caíram."
Na manhã deste sábado, 14, Donald Trump agradeceu pelo Twitter a "sabedoria" e o poder militar dos dois países aliados. "Um ataque perfeitamente executado na noite passada. Obrigado à França e ao Reino Unido por sua sabedoria e pelo poder de seus excelentes exércitos. Não poderia haver resultado melhor. Missão cumprida!", escreveu.
Trump continuou: "Estou muito orgulhoso do nosso exército que será, depois de investidos bilhões de dólares aprovados, o melhor que o nosso país já teve. Não haverá nada, ou ninguém, sequer próximo!"
As forças aéreas e marinhas dos EUA, França e Reino Unido lançaram os primeiros ataques por volta das 9pm de Washington, já madrugada na Síria.
Segundo o Pentágono, os alvos eram locais de fabricação de armas químicas. Ao todo foram três locais atingidos: um centro de pesquisa e produção de armas químicas e biológicas em Damasco, um armazém de armas químicas em Homs, a leste de Damasco – onde os EUA acreditam que havia estoques de gás sarin – e uma base na mesma cidade que também teria armas químicas. Não há registro de vítimas civis, ainda conforme o Departamento de Defesa dos EUA.
Os sistemas de Defesa sírios reagiram, atingindo13 mísseis em Al Kiswah,nos subúrbios de Damasco.
Com informações de Agências internacionais.