Mudar para os Estados Unidos pode ser algo ruim para a saúde de uma pessoa se ela for um imigrante mexicano, revelou um estudo divulgado na quinta, 13.
O relatório, elaborado por especialistas dos dois países disse que a maior parte dos imigrantes vindos do México chega aos EUA em uma condição de saúde melhor do que os americanos brancos. Mas a saúde desses imigrantes deteriora-se com o passar do tempo devido, em parte, à falta de seguro médico e à mudança em seu estilo de vida.
"Não se sabe se a piora na saúde é reultado de anos de trabalhos duro e pobreza, da mudança de hábitos como a dieta e o fumo ou da falta de cuidados médicos preventivos", disse o documento.
Contrariando a crença disseminada de que os imigrantes representam um fardo excessivo para as alas de atendimento emergencial dos hospitais americanos, o estudo descobriu que apenas 10% dos imigrantes recém-chegados do México usam os pronto-socorros.
Entre os brancos nascidos nos EUA, essa taxa é de 20%. O estudo, realizado pela Universidade da Califórnia e pelo Conselho Nacional de Populações, do México, pretende melhorar a saúde dos imigrantes que vivem no território americano.
Os mexicanos são o maior grupo entre os imigrantes que chegam atualmente aos EUA. Os imigrantes vindos do México, muitos deles ilegalmente, respondem por quase 4% do total da população americana.
Segundo os pesquisadores, 6,8% dos mexicanos adultos recém-chegados aos EUA consideravam sua saúde regular ou ruim - 10,6% dos brancos nascidos nos EUA consideram sua saúde regular ou ruim - e apenas 2,6% deles eram diabéticos.
Depois de 15 anos morando nos EUA, 15% dos mexicanos disseram que sua saúde era regular ou ruim e 7,7% deles mostraram ser diabéticos.