Bairros
A crise de acessibilidade dos imóveis em Miami varia consideravelmente entre os bairros. Famílias de alta renda ficam mais ao longo da costa da região, onde os valores da moradia são os mais altos. E também há bairros mais caros espalhados pelo interior, fazendo um efeito sanduíche com grandes áreas pobres e desfavorecidas, segundo o estudo. “O estoque imobiliário da Grande Miami sofre de uma incompatibilidade”, diz o estudo. “A região está construindo condomínios caros - na verdade, está construindo um excedente deles -, mas não está produzindo um número suficiente de moradias acessíveis e de mão-de-obra para suprir a demanda”.Preços de imóveis e aluguéis
Os preços de imóveis em Miami estão bem acima da média nacional. O valor médio na região metropolitana de Miami foi de mais de US$ 400 mil em outubro de 2018. Isso faz da região a 11a mais cara do país. Esse preço está similar a Washington, DC, que no entanto possui uma das maiores rendas médias do país, enquanto Miami tem um dos salários mais baixos. O valor médio dos aluguéis na Grande Miami são ainda mais inacessíveis, com um valor médio de US $ 2.095 em outubro de 2018. Esse é o oitavo aluguel mais caro do país, equivalente mais ou menos a Washington, D.C. e não muito menos que Nova York e Seattle - locais com uma renda média muito mais alta. A brasileira Cibely Oliveira morou em Miami por 16 anos e concorda com o estudo. “Embora eu more em Nova York, onde o aluguel é mais caro, por outro lado, a comida, roupas e restaurantes têm mais opções, o que acaba saindo realmente mais em conta”, disse. Os aluguéis mostram um padrão similarmente dividido. Tal como acontece com os valores das casas, os preços dos aluguéis tendem a ser mais altos na costa e nos subúrbios do interior. Alguns dos aluguéis mais baixos da região são encontrados em bairros como Liberty City e Little Havana. Enquanto isso, bairros em valorização como Wynwood, o Design District e, é claro, Brickell estão entrando no escalão superior dos preços de aluguel.