Mercado aéreo entre EUA e Cuba pode acabar

Por Gazeta News

Alaska Airlines Cuba divulgação

Conforme afirmado em junho, o governoDonald Trump deu início às novas restrições de viagens de americanos a Cuba, e com isso, companhias aéreas dos Estados Unidos já reduziram voos para a ilha, o que pode indicar o caminho para o fim das relações aéreas entre os dois países, segundo especialistas.

A Alaska Airlinesanunciou que encerraria seus voos diários entre Los Angeles e Havana em se resposta à medida que passou a proibir viagens para o país sem autorização e acompanhamento de alguma organização estadunidense. Antes disso, as aéreas Frontier, Spirit e Silver Airways já tinham cancelado seus voos para a ilha caribenha, enquanto a American Airlines diminuiu as frequências.

Para o especialista Aaron Karp, colunista do site norte-americanoATW, o fim da rota Los Angeles-Havana, assim como das demais aéreas, seria um prenúncio da "morte do mercado aéreo entre Estados Unidos e Cuba".

"Como a Alaska apontou, 80% de seus passageiros viajando de Los Angeles para Havana estavam viajando sob a política "people to people". A aérea decidiu que operar um avião quase vazio para Cuba não fazia sentido. Um Boeing 737-900 é um bem muito caro para ser desperdiçado assim", explicou Aaron Karp.

O embargo dos EUA a Cuba, imposto em 1962 e blindado pelo Congresso, não permite viagens por motivos de turismo à ilha. As visitas voltam a ser autorizadas dentro de 12 categorias, entre elas razões familiares, educativas, de pesquisa e de apoio ao povo cubano. Os visitantes também deverão ter um “cronograma completo” de atividades com cidadãos cubanos. Precisarão, por exemplo, hospedar-se numa casa particular e almoçar em restaurantes privados, entre outros requisitos.

Além das sanções às viagens, os norte-americanos estariam proibidos de realizar “transações financeiras diretas” com uma extensa lista de entidades de Cuba ligadas ao Turismo, entre elas 84 hotéis e uma série de agências de viagens.