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“March for our lives” reúne milhares de pessoas pelo fim da violência armada nos EUA
A “March for our lives” juntou milhares de pessoas nas ruas de todos os estados norte-americanos neste sábado, 24, para pedir maior rigor no controle de armas no país. A estimativa é que cerca de 1 milhão de pessoas tenham participado das manifestações cuja motivação principal foi o massacre na Stoneman Douglas High School, em Parkland, onde 17 pessoas morreram assassinadas por um ex-aluno no dia 14 de fevereiro. A manifestação foi liderada especialmente por jovens ativistas sobreviventes do massacre de Parkland e de todo o país, em uma série de discursos e compostos de jovens de diversas origens. Emma Gonzalez, uma das ativistas estudantis mais conhecidas de Parkland, liderou a multidão em 6 minutos e 20 segundos de silêncio para simbolizar a quantidade de tempo que levou o atirador, Nikolas Cruz, para cometer os 17 assassinatos. A Casa Branca, cuja área ficou tomada pelos manifestantes, elogiou os manifestantes por exercerem seu direito à liberdade de expressão, mas até então o presidente Donald Trump não havia se pronunciado sobre o ato. Em Washington, as milhares de pessoas tomaram conta ao longo da Pennsylvania Avenue, enquanto os manifestantes também se reuniram em Parkland, Nova York, São Francisco e em cidades ao redor do mundo. Famosos na marcha A neta de Martin Luther King Jr., Yolanda Renee King, disse: “Eu tenho um sonho de que basta. E que isso deveria ser um mundo livre de armas, ponto final. "Este é um momento da história que eu quero fazer parte", disse a estrela pop Miley Cyrus, que cantou no palco para os alunos sobreviventes de Parkland. Na cidade de Nova York, Paul McCartney se juntou aos manifestantes. "Um dos meus melhores amigos foi morto com violência armada por aqui, então é importante para mim", disse. A marcha pede a proibição da comercialização de rifles esportivos, fuzis (como o AR 15 usado por Nikolas Cruz na Flórida), da venda livre de carregadores para armas semiautomáticas e o reforço dos controles de antecedentes das pessoas interessadas em comprar armas. Na Flórida, o governador Rick Scott sancionou no início deste mês uma lei que aumentou a idade mínima de 18 para 21 anos para a venda de rifles, oficiais armados nas escolas, verba para tratamento de saúde mental, entre outras medidas que visam a diminuição da violência armada no estado. Na sexta-feira, 23, Trump assinou uma conta de gastos de US $ 1,3 trilhão que inclui melhorias modestas nas verificações de vendas de armas e subsídios para ajudar as escolas a prevenir a violência armada, e o Departamento de Justiça propôs mudanças nas regras que efetivamente proibiriam dispositivos que transformam armas normais emsemi-automáticas. No Brasil, houve manifestação em São Paulo, mais precisamente em frente ao Consulado dos Estados Unidos. Com informações da Reuters.