Daniella Bonilla disse que ela e sua mãe de 59 anos estavam a caminho de casa no último sábado, dia 1° de junho, quando foram agredidas por um homem que estava sentado no banco do ponto de ônibus na Collins Avenue, perto da 24th Street, em Miami Beach.
Segundo depoimento de Bonilla, elas estavam à pé e, ao passarem em frente ao homem, este começou a insultá-las com palavrões. Primeiro, não somente as duas, mas para todos que estavam no ponto, ele teria dito, com sotaque em espanhol, que "Todos nós [palavrões] precisamos aprender a falar inglês”, disse ela.
Depois, chamou as duas de "lésbicas repugnantes". "Ele falou sobre meu corpo e disse ainda coisas que deveríamos fazer no corpo dele", afirmou.
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Indignada, ela então começou a xingá-lo, chamando a atenção pelo comportamento errado dele. Foi quando ele cuspiu nela e começou a agredir fisicamente as duas. "Ele me deu um soco no peito e partiu pra cima da minha mãe", disse. Apesar da dor, Bonilla disse que continuou a brigar com o homem porque ele estava agredindo sua mãe, inclusive jogando uma pedra nela. "Eu só sabia que tinha que fazer o que pudesse para proteger minha mãe", disse ela. Tão logo perceberam a violência, outras pessoas no ponto de ônibus foram tentar ajudar mãe e filha. O homem então saiu correndo e entrou em um táxi e não foi visto desde então. Bonilla chamou a polícia de Miami Beach e fez uma denúncia formal. No entanto, como não foi filmada ou registrada a cena, a polícia busca pelo agressor, que está foragido. Segundo relato da jovem na rede social, que também tem raízes hispânicas, o rapaz parecia "hispânico (ascendência afro-dominicana - baseada no sotaque), 25-35 anos, de 1,70 a 1,80m de altura, musculoso, com pele muito bronzeada e cabelo no estilo afro. Ele foi visto pela última vez saindo de um táxi na avenida 26 com a Collins, vestindo uma camisa vermelha brilhante, calças cargo e uma mochila do exército verde / marrom", descreveu a garota em sua página do Facebook.
Para Bonilla, apesar de o agressor ser de origem latina e aparentemente estava perseguindo pessoas que passavam por ali há um tempo (por testemunho de pessoas no ponto de ônibus), o crime de ódio não se baseou na raça ou etnia somente. "Embora eu ache que fomos alvos por causa de nosso sexo e suposta orientação sexual, a verdade é que esse homem é claramente um indivíduo infeliz e raivoso que devia estar drogado e querendo ofender pessoas", escreveu.
Agora, para evitar que mais pessoas sejam vítimas do homem, ela pede a quem estava no local e filmou, tirou foto, ou sabe de quem se trata e tem alguma informação relevante para ajudar na captura, que entre em contato com ela ou com a polícia.
"Se você conhece alguém que esteve lá, tirou fotos, vídeos ou ouviu falar sobre isso, por favor, mande um email para bonilla.daniella@gmail.com", escreveu.
Assim também as autoridades oferecem recompensa de US $ 1.000,00 por pistas que levem à captura do agressor com ligações anônimas para o Miami-Dade Crime Stoppers no número 305-471-TIPS.
"Vivemos em um mundo louco meus amigos, e o que aconteceu comigo, poderia acontecer com você. Por favor, esteja seguro na rua, proteja-se (pegue um bastão etc.), fique alerta e evite pessoas problemáticas. Isso não será aceito ou tolerado, então saiba que estamos procurando por você", finaliza Bonilla.
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