Júri decide não acusar policial pela morte de Michael Brown e revolta moradores
A maioria das prisões ocorreu no subúrbio de Ferguson, por roubos, saques e invasões, de acordo com a informação divulgada por um porta-voz da polícia local, Brian Schellman. Outras prisões ocorreram em Saint Louis, segundo o prefeito Francis Slay. Duas viaturas da polícia também foram incendiadas.
Em uma improvisada entrevista coletiva, o chefe local da polícia, Jon Belmar, disse durante a madrugada que os distúrbios foram ainda mais graves do que os ocorridos em agosto, após a morte de Brown. Durante semanas após a morte do jovem, vários protestos, algumas vezes violentos, tomaram conta da cidade.
A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes e disse que indivíduos fizeram disparos no meio da multidão. Decisão do júri A indignação em Ferguson começou após ser divulgado que Darren Wilson, o policial branco que matou Brown, um jovem negro, seguirá livre e sem acusações, após um júri composto por nove brancos e três negros que se encontraram em 25 dias separados, considerar que não há provas suficientes para responsabilizá-lo pela morte de Brown.
Após escutar a versão de 60 testemunhas e do próprio Wilson, o grande júri decidiu que não existem indícios para acusar o agente, que em 9 de agosto disparou várias vezes contra o jovem de 18 anos, que estava desarmado. Pelo menos nove pessoas do júri teriam que votar para que o policial fosse acusado.
O presidente Barack Obama se pronunciou, pedindo paz e compreensão. “Nós somos uma nação construída sobre leis, por isso nós precisamos aceitar a decisão do júri”, disse Obama. Ele disse que é compreensível que alguns americanos ficariam “profundamente desapontados – e mesmo com raiva”, mas repetiu as palavras dos pais do jovem que pediram protestos pacíficos.
Wilson poderia pegar quatro anos de prisão por homicídio culposo ou prisão perpétua ou pena de morte por assassinato.
Os familiares de Brown, apesar de “profundamente decepcionados” pela decisão judicial, disseram em comunicado que “responder a violência com violência não é a resposta”.