Uma filha de exilados cubanos do sul da Flórida que teve uma rápida ascensão como advogada e juíza está na lista do presidente Donald Trump para substituir Ruth Bader Ginsburg na Suprema Corte.
O presidente disse na última segunda-feira, 21, que não conhece pessoalmente Bárbara Lagoa, mas a elogiou como “ótima”. Como uma cubano-americana da cidade de Hialeah, um subúrbio altamente hispânico de Miami, sua escolha pode beneficiar Trump na eleição de 3 de novembro.
“Ela é excelente. Ela é hispânica. Ela é uma mulher incrível de tudo que eu sei. Eu não a conheço. Flórida. Nós amamos a Flórida. Então, ela tem um monte de coisas - muito inteligente ”, disse Trump em uma entrevista por telefone com a“ Fox and Friends ”.
Questionado sobre se a política teria um papel na decisão, Trump respondeu: “Tento não dizer isso. Acho que é automático. Mesmo se você não quiser fazer isso, torna-se um pouco automático. ”
Falando a repórteres na Casa Branca na segunda-feira, Trump disse que pode encontrar com a juíza quando vier para a Flórida na quinta-feira para um comício de campanha em Jacksonville. “Ela tem muito apoio”, disse Trump, acrescentando que realizou ligações no domingo e na segunda-feira com alguns dos candidatos que está considerando. "Eu não a conheço, mas ouvi dizer que ela é excelente."
Após a morte de Ginsburg, 87, um ícone liberal, na sexta-feira, 18, Trump disse que nomearia uma mulher como substituta.
Quem é Bárbara Lagoa?
Conservadora, aos 52, Lagoa pode se tornar o membro mais jovem da Suprema Corte dos EUA se nomeada. Atualmente, ela é juíza do 11º Tribunal Federal de Apelações, com sede em Atlanta. Trump a indicou para esse cargo em 2019 e o Senado a confirmou por 80-15 votos. Antes disso, por menos de um ano, ela foi juíza na Suprema Corte da Flórida, depois de mais de uma década em um tribunal de apelações do estado de Miami, onde escreveu cerca de 360 ??opiniões. Ela foi a primeira mulher de herança hispânica na Suprema Corte estadual. Trabalhando como advogada pro bono, ela atuou na equipe jurídica que representa os parentes em Miami do menino Elián González, que estava no centro de um caso internacional de custódia de crianças que repercurte até hoje.
