Decisão evitará que imigrantes da Nicarága, Sudão, Haiti e El Salvador sejam deportados.
Um juiz impediu o governo Trump de acabar com proteções que permitiam que imigrantes de quatro países vivessem e trabalhassem legalmente nos Estados Unidos.
O Juiz Distrital dos EUA, Edward Chen, em São Francisco, concedeu um pedido de liminar contra a decisão da administração de descontinuar o status de proteção temporária. Isso beneficiará imigrantes do Sudão, Nicarágua, Haiti e El Salvador. O juiz disse que o término da medida causaria “danos irreparáveis e grandes dificuldades”.
O juiz disse que há evidências de que o presidente resolveu acabar com o programa por motivações racistas. A decisão citou o discurso de campanha de Trump em 2015, no qual ele caracterizou imigrantes mexicanos como traficantes de drogas e estupradores, entre outros casos.
O status de proteção temporária é concedido a países devastados por desastres naturais ou guerras e permite que os cidadãos desses países permaneçam nos EUA até que a situação melhore no país de origem. Cerca de 300 mil pessoas receberam essas proteções.
A decisão disse que o governo não mostrou quais os danos em continuar o programa de 20 anos. “Beneficiários que viveram, trabalharam e criaram famílias nos Estados Unidos (muitos por mais de uma década) estarão sujeitos a remoção”, escreveu Chen. Muitos têm filhos que nasceram nos EUA e podem ser confrontados com a escolha de “levar seus filhos com eles (e arrancá-los do único país e comunidade que conheceram) ou dividir suas famílias”, disse a decisão.
O Departamento de Justiça nega que a Casa Branca tenha feito algo errado e diz que continuará lutando contra a decisão do juiz. Com informações da Associated Press. 