"Um barco da marinha americana que cruzava o estreito de Ormuz modificou o trajeto internacional para se aproximar a 550 metros dos barcos dos Guardiões da Revolução em uma atitude pouco profissional", afirmou o comandante Mehdi Hashemi, citado pelo site Sepahnews, dos Guardiões da Revolução, tropa de elite da marinha iraniana.
Desta forma, o integrante do alto escalão dos Guardiões da Revolução, acusou os Estados Unidos, na última quarta-feira, 8, de tentar criar "tensões" no Golfo após incidentes na semana passada.
"As ações destes últimos dias dos Estados Unidos e do Reino Unido mostram que têm objetivos nefastos, ilegítimos e provocadores. Não apenas não querem a estabilidade e a segurança no Golfo Pérsico e no Estreito de Ormuz, mas tentam criar tensões e uma crise", frisou o militar.
No início da semana, o Pentágono atribuiu os incidentes ocorridos perto do estreito de Ormuz à atitude "pouco profissional" de navios militares iranianos. Segundo o departamento de Defesa norte-americano, na quinta-feira passada, uma fragata iraniana se aproximou "a menos de 150 metros" de um barco de sua marinha, o USNS Invincible.
E, dois dias depois, no sábado, várias lanchas de ataque iranianas se aproximaram a 300 metros do USNS Invincible, declarou o porta-voz do Pentágono, Jeff Davis. Em ambos os casos, o navio norte-americano e os barcos que o escoltavam precisaram manobrar para evitar um incidente, de acordo com o governo dos Estados Unidos.
A Casa Branca garante que, com frequência, barcos iranianos perseguem seus navios. No início de janeiro, o destróier americano USS Mahan realizou disparos de advertência ante as lanchas dos Guardiões da Revolução que se aproximavam em alta velocidade.
Com informações da AFP.