Cada sessão de exercícios deve ser marcada por um período de aquecimento e resfriamento. O aquecimento é mandatário e é importante na preparação do corpo para o exercício, pois reduz as chances de lesões.
Comumente, o atleta inicia a sessão de aquecimento com exercícios que contêm movimentos rítmicos e alongamentos ativos de pequena intensidade, aumentando o ritmo a medida que o corpo vai aquecendo. No caso de esportes específicos, o atleta realiza atividades de baixa intensidade relacionadas ao esporte a ser praticado.
A elevação da temperatura muscular aumenta sua flexibilidade, permitindo que os músculos contraiam com maior rapidez quando comparado aos músculos frios. O fluxo sanguíneo deve aumentar substancialmente para proteger os músculos contra lesões durante o exercício.
Outros efeitos do aquecimento incluem aumento do metabolismo corporal, aumento na frequência cardíaca, aumento no transporte e consumo de oxigênio e outras substâncias, aumento na velocidade de condução nervosa e contração muscular. O intervalo ideal entre o final do aquecimento e o início da atividade é de cinco a 10 minutos. O efeito do aquecimento perdura de 20 a 30 minutos. Após 45 minutos, a temperatura corporal já retomou sua temperatura de repouso. Também como efeito do aquecimento, existe uma ativação nas estruturas do sistema nervoso central, consequentemente melhorando o estado de alerta e de atenção, favorecendo assim, o aprendizado técnico, a capacidade de coordenação e precisão de movimentos, requisitos fundamentais no treinamento de um atleta. Além disso, existe uma liberação de adrenalina, diminui a viscosidade do sangue, aumenta a atividade enzimática e aumenta a produção de energia pelo aumento do metabolismo de glicogênio.
Ao término da sessão de exercícios, o resfriamento se faz tão necessário quanto o aquecimento, permitindo que o corpo elimine da musculatura o ácido lático, um produto metabólico que se acumula nos músculos após o exercício. A redução gradual dos esforços (resfriamento) também ajuda a evitar a tontura. Quando o exercício é subitamente interrompido, o sangue acumula-se nos membros inferiores e não chega em quantidade suficiente ao cérebro, causando tontura. O resfriamento também é importante para auxiliar na normalização da pressão arterial e no relaxamento gradual das estruturas corporais envolvidas no exercício. As características do resfriamento são semelhantes às do aquecimento, sendo priorizados exercícios corporais totais e com duração média de cinco a 10 minutos.
Em resumo, o aquecimento e resfriamento fazem parte da sessão de treinamento, oferecendo segurança ao indivíduo e garantindo a longevidade no programa de treinamento; porém, todas as decisões devem ser tomadas levando-se em conta todos os objetivos e a individualidade de cada atleta.