Um homem de 49 anos, morador de Hialeah, foi preso na última terça-feira (21) acusado de se passar por advogado de imigração e aplicar um golpe em uma mulher do Alabama.
De acordo com a polícia de Hialeah, no início de março, a vítima viajou do Alabama para o sul da Flórida e foi até o escritório de Rafael Moreno, localizado na Palm Avenue, nº 1625. Ela havia sido abordada por um homem desconhecido em um supermercado local, que vendeu a ela o cartão de visitas de Moreno por US$ 500, dizendo que ele era advogado de imigração e que poderia ajudar a família com pedidos de asilo.
A vítima foi até o escritório chamado “Moreno Insurance”, onde Moreno se apresentou como advogado. Segundo o boletim de ocorrência, ele afirmou que poderia ajudá-la com a solicitação de asilo por US$ 170.
A mulher relatou à polícia que Moreno também preparou e autenticou os documentos de imigração do marido dela — mesmo sem a presença dele — o que a deixou desconfiada da legitimidade de sua atuação como advogado.
Moreno entregou à vítima cópias dos documentos prontos e autenticados, e disse para ela retornar em setembro com mais US$ 450 para continuar o processo.
Preocupada, a vítima registrou um boletim de ocorrência no dia 7 de abril, informando que duvidava se Moreno era de fato advogado licenciado.
Os investigadores então consultaram a Ordem dos Advogados da Flórida (Florida Bar), que confirmou que Moreno não possui licença ativa para atuar como advogado no estado. Além disso, o Supremo Tribunal da Flórida já havia emitido uma liminar permanente em 16 de dezembro de 2024, proibindo Moreno de exercer a advocacia de forma ilegal.
Em 16 de abril, um policial disfarçado foi até o escritório de Moreno. Durante o encontro, Moreno ofereceu assistência legal completa para um pedido de asilo e cobrou US$ 100 para preparar os documentos. Ele também afirmou ter 15 anos de experiência e apontou para diplomas pendurados na parede.
Moreno foi preso em seu escritório e enfrenta acusações por exercício ilegal da advocacia e uso indevido de sua autorização de notário.
Na tarde de quarta-feira, ele já não aparecia mais no banco de dados online da prisão.
Fonte: Local 10