Thiago Oliveira Amorim, de 33 anos, natural de Ipatinga (MG), foi formalmente acusado de assassinar sua esposa, Carla Lourenço da Silva, de 32, na cidade de Lynn, Massachusetts. A promotoria alega que o brasileiro tentou forjar a cena do crime para que parecesse um suicídio por enforcamento. Ele se declarou inocente durante uma audiência realizada por videoconferência no último dia 15, no Tribunal Superior de Salem.
Inicialmente tratado como suicídio, o caso ganhou novos contornos após investigações indicarem que Thiago forneceu informações falsas à polícia e teria manipulado a cena da morte, ocorrida em janeiro deste ano. A promotora Jessica Strasnick, chefe da Unidade de Homicídios do Condado de Essex, afirmou que a morte aconteceu dentro da casa do casal, por volta do dia 20 de janeiro.
Thiago já havia sido acusado de obstruir a investigação policial e chegou a ser preso ainda em janeiro. Agora, os dois processos — homicídio e obstrução — serão julgados conjuntamente, conforme acordo entre a acusação e a defesa. Ele permanece preso, sem direito à fiança, e voltará ao tribunal no dia 14 de maio.
A notícia da morte de Carla gerou comoção entre familiares e amigos no Brasil, que organizaram uma vaquinha online para arrecadar fundos e repatriar o corpo. Em poucos dias, foram arrecadados mais de 14 mil dólares (cerca de R$ 81 mil). O texto da campanha afirmava que Carla teria tirado a própria vida por conta de uma depressão e mencionava planos para que Thiago e as três filhas do casal retornassem ao Brasil.
Ainda não se sabe oficialmente se o corpo foi trazido para o Brasil nem se as crianças já retornaram. A defesa de Thiago não se pronunciou até o momento.
Fonte: G1