Nesta semana, a Administração da Seguridade Social dos EUA (SSA) começou a classificar milhares de imigrantes com status legal temporário e números de Previdência Social válidos, como se estivessem mortos, segundo fontes internas. Essa ação cancela na prática o número de Previdência Social dos imigrantes, o que equivale a uma “morte financeira”, já que bancos e outras instituições dependem desse dado para verificar identidades — podendo bloquear contas e benefícios.
Segundo o ‘The New York Times’, a SSA renomeou seu tradicional banco de dados de óbitos para “arquivo de inelegíveis”, onde está registrando esses imigrantes com datas falsas de falecimento. O primeiro grupo afetado, segundo o ‘Washington Post’, inclui mais de 6 mil pessoas que entraram legalmente via programa de "parole" da administração Biden. A Casa Branca afirmou que a medida visa remover o “incentivo monetário” e encorajar essas pessoas a “se autodeportarem”.
Fontes indicam que esse grupo inclui imigrantes com antecedentes criminais ou suspeitas de ligação com terrorismo, mas há preocupação de que outras pessoas com situação legal — como aquelas com autorização de trabalho — possam ser as próximas. A inclusão inicial foi solicitada pelo Departamento de Segurança Interna (DHS), e um memorando sobre a medida foi assinado pela secretária do DHS, Kristi Noem, e pelo comissário interino da SSA, Leland Dudek.
Críticos dizem que a medida é ilegal e pode afetar até cidadãos americanos com direito aos benefícios. Políticos democratas e ex-diretores da SSA acusam o governo Trump de violar direitos básicos e usar a Previdência Social como ferramenta de perseguição. O ex-comissário Martin O’Malley alertou que “se Trump pode fazer isso com imigrantes legais, pode fazer com qualquer pessoa”.
Fonte: CBS