Dezoito brasileiros acusados de integrar uma rede de tráfico de armas e fentanil nos Estados Unidos conseguiram entrar legalmente no país com passaporte e visto emitidos no Brasil. A maioria deles saiu de Minas Gerais e chegou ao território americano pouco antes de se tornarem alvos de uma investigação que durou um ano. No momento das prisões, 11 já estavam em situação migratória irregular.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, alguns dos acusados têm ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e com outras duas facções menores brasileiras, conhecidas como "Tropa do Sete" e "Trem Bala". As investigações revelaram ainda que um dos brasileiros ameaçou de morte um informante, afirmando que as armas pertenciam ao PCC.
A operação, batizada de 'Take Back America', teve foco na repressão à atuação de cartéis e gangues estrangeiras em solo americano. Durante as ações, realizadas no estado de Massachusetts, as autoridades apreenderam 110 armas — entre pistolas, rifles e espingardas — além de uma quantidade não especificada de fentanil, potente opioide sintético 50 vezes mais forte que a heroína.
As armas teriam sido traficadas principalmente da Flórida e da Carolina do Sul para comunidades em Massachusetts. De acordo com a acusação, os brasileiros atuaram como traficantes e/ou portadores ilegais de armamento pesado.
A pena para tráfico de armas e conspiração pode chegar a cinco anos de prisão, enquanto o crime de posse ilegal de arma por estrangeiro pode levar até 15 anos. Além disso, todos os acusados estão sujeitos à deportação após o cumprimento da pena, conforme informado pelas autoridades americanas.
Fonte: UOL