O Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) anunciou nesta quarta-feira (9) que começará a revisar o conteúdo das redes sociais de pessoas que solicitam visto, à procura de manifestações consideradas como “atividade antissemita”.
“Não há espaço nos Estados Unidos para simpatizantes do terrorismo. Não temos obrigação de permitir que eles entrem ou permaneçam aqui”, declarou Tricia McLaughlin, secretária-assistente de Relações Públicas do DHS. “A secretária Kristi Noem deixou claro que quem acha que pode vir para os EUA e se esconder atrás da Primeira Emenda para pregar violência antissemita e terrorismo — pense de novo. Você não é bem-vindo aqui.”
A diretriz autoriza o Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS) a, a partir de agora, considerar publicações e interações nas redes sociais que expressem apoio a terrorismo antissemita, grupos terroristas ou outras formas de atividade antissemita como um fator negativo nas análises de imigração.
A medida vale para pedidos de residência permanente, estudantes estrangeiros e pessoas vinculadas a instituições educacionais associadas a essas atividades.
Em março, o Departamento de Estado já havia emitido uma orientação parecida, solicitando que consulados de todo o mundo analisassem redes sociais de estudantes e visitantes de intercâmbio. Se forem encontradas publicações incompatíveis com a categoria do visto solicitado, o visto pode ser negado.
Caso haja indícios de comportamento preocupante, os setores de Prevenção à Fraude devem tirar prints das redes sociais para manter os registros, mesmo que o solicitante apague depois.
O Secretário de Estado Marco Rubio afirmou, em 28 de março, que mais de 300 vistos já haviam sido revogados com base nesses critérios.
A nova política também recomenda revogar vistos de solicitantes que demonstrem atitudes consideradas “hostis” à cultura ou aos valores dos EUA — o que tem levantado discussões sobre os limites entre segurança nacional e discriminação por opinião.
Fonte: ABC