Médica da Brown University deportada por supostamente apoiar líder do Hezbollah, diz o DHS

O DHS afirmou que qualquer pessoa que promova ideologias extremistas ou carregue propaganda terrorista será impedida de entrar nos EUA

Por Lara Barth

Brown Daily Herald
Rasha Alawieh foi impedida de retornar aos EUA apesar de visto de trabalho ativo

Um juiz federal cancelou na segunda-feira (17) uma audiência para uma médica que foi impedida de reentrar nos EUA e enviada de volta ao Líbano, apesar de sua ordem anterior para mantê-la no país. As autoridades de imigração afirmaram ter encontrado fotos no celular de Rasha Alawieh que pareciam mostrar combatentes do Hezbollah, e ela teria dito que participou do funeral de um líder do grupo.

Advogados do governo disseram que a médica "já havia deixado os Estados Unidos" quando os agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) no Aeroporto Logan, em Boston, receberam a notificação da ordem do juiz Leo Sorokin. Alawieh, uma médica de transplante em Rhode Island e professora assistente da Brown University, foi detida na quinta-feira (13) em Boston após visitar sua família no Líbano, conforme alegou seu primo em uma ação judicial contra sua detenção.

O Departamento de Segurança Interna (DHS) afirmou que Alawieh havia dito aos agentes da CBP que viajou a Beirute para participar do funeral de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah. O DHS acrescentou que "um visto é um privilégio, não um direito", e que glorificar e apoiar terroristas que matam americanos é motivo suficiente para negar a emissão de vistos.

De acordo com documentos judiciais, Alawieh foi questionada por um oficial da CBP sobre fotos em seu celular que pareciam mostrar combatentes do Hezbollah. Ela teria dito que as fotos foram compartilhadas por outras pessoas em grupos de WhatsApp. Alawieh alegou que seu interesse por Nasrallah era devido à sua posição como figura religiosa na comunidade muçulmana xiita, e não como líder político.

O DHS afirmou que qualquer pessoa que promova ideologias extremistas ou carregue propaganda terrorista será impedida de entrar nos EUA. Alawieh chegou aos Estados Unidos em 2018 com visto H-1B e atuava na área de transplantes renais.

Fonte: CBS