Quatro brasileiras, procuradas por sua participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, foram presas ao tentarem entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Três delas foram capturadas no dia seguinte à posse do presidente americano, Donald Trump, em 20 de janeiro.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (10) pelo portal UOL, que confirmou as prisões com o Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês). Três das mulheres já foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto a quarta é ré em processo por suposta participação nos atos de vandalismo. De acordo com o ICE, elas estão detidas há mais de 50 dias e aguardam deportação para o Brasil, mas as condições de suas prisões não foram detalhadas.
O UOL apurou que as foragidas inicialmente fugiram para a Argentina, mas, após o pedido de extradição feito pela justiça brasileira, tentaram solicitar refúgio político nos EUA, sob a administração de Trump, que era aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ICE informou que as mulheres estão sendo processadas para expulsões aceleradas, com o objetivo de acelerar a deportação.
Raquel Souza Lopes, de Joinville (SC), 51 anos, foi condenada a 17 anos de prisão e possui mandado de prisão em aberto no Brasil. Ela tentou entrar nos EUA em 12 de janeiro e nega qualquer envolvimento com a destruição de bens públicos nos eventos de 8 de janeiro.
Rosana Maciel Gomes, de Goiânia (GO), 51 anos, foi condenada a 14 anos de prisão, tem dois mandados de prisão em aberto e uma ordem de extradição para a Argentina. Tentou entrar nos EUA em 21 de janeiro. A defesa de Rosana afirma que ela não danificou nenhum bem durante a invasão e depredação dos Três Poderes.
Michely Paiva Alves, de Limeira (SP), 38 anos, é ré pelos atos de 8 de janeiro e tem mandado de prisão em aberto. Ela tentou entrar nos EUA em 21 de janeiro. A defesa de Michely alega que não há provas de seu envolvimento na depredação do Congresso.
Cristiane da Silva, de Balneário Camboriú (SC), 33 anos, foi condenada a um ano de prisão pelo STF e tem mandado de prisão em aberto. Ela tentou entrar nos EUA em 21 de janeiro, e sua defesa nega qualquer participação nos protestos.
Fonte: Gazeta do Povo