A administração Biden anunciou na última sexta-feira (10) que estenderá o status legal temporário de quase 1 milhão de imigrantes provenientes de El Salvador, Sudão, Ucrânia e Venezuela, utilizando um programa que deverá ser reduzido pela administração Trump, que assumirá em breve.
A medida permitirá que imigrantes salvadorenhos, sudaneses, ucranianos e venezuelanos que atualmente possuem o Status de Proteção Temporária (TPS) renovem suas permissões de trabalho e proteções contra deportação sob a política, que oferece um alívio legal para estrangeiros de países afetados por guerras, desastres naturais ou outras emergências que tornam as deportações perigosas.
A decisão deve beneficiar aproximadamente 234.000 salvadorenhos, 1.900 sudaneses, 104.000 ucranianos e 600.000 venezuelanos, de acordo com o Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS), responsável pelo programa. O TPS para El Salvador será estendido até março de 2026, enquanto as designações para Sudão, Ucrânia e Venezuela serão prolongadas até outubro de 2026.
A medida anunciada na sexta-feira é significativa, pois o TPS deve ser reduzido pela administração do presidente eleito Donald Trump, que prometeu reverter as políticas de imigração da administração Biden, impor regras mais rígidas e lançar uma campanha de deportação em massa. O TPS pode ser revogado pelo secretário do DHS, desde que seja fornecido um aviso de 60 dias. Durante a primeira administração Trump, o governo tentou encerrar as proteções do TPS para centenas de milhares de imigrantes, mas seus esforços foram paralisados por desafios legais.
Embora tenha anunciado a extensão do TPS, a administração Biden, na sexta-feira, se absteve de tornar novos imigrantes elegíveis para o status temporário, apesar das pressões de ativistas progressistas que argumentam que essa medida dificultaria a realização das deportações em massa prometidas por Trump.
Fonte: CBS
