Trump confirma plano de declarar emergência nacional e usar militares para deportações em massa
Ele já escolheu duros críticos da imigração para cargos-chave na administração
O presidente eleito Donald Trump confirmou, nesta segunda-feira (18), que pretende declarar uma emergência nacional para cumprir sua promessa de campanha de realizar deportações em massa de imigrantes que vivem nos Estados Unidos sem permissão legal.
Na noite anterior, Trump respondeu a uma postagem nas redes sociais de Tom Fitton, presidente da organização Judicial Watch, que afirmou que há relatos de que a administração que está por vir está preparando tal declaração e planeja usar “ativos militares” para deportar os migrantes.
“VERDADEIRO!!!” escreveu Trump.
Trump se comprometeu a iniciar as deportações em massa assim que tomar posse.
“No primeiro dia, lançarei o maior programa de deportação da história dos Estados Unidos para tirar os criminosos de nossa terra,” afirmou ele durante um comício no Madison Square Garden, nos dias finais da corrida presidencial. “Vou salvar cada cidade e município que tenha sido invadido e conquistado, e colocaremos esses criminosos violentos e sanguinários na cadeia, depois os expulsaremos do nosso país o mais rápido possível.”
Até agora, ele escolheu vários defensores de políticas rígidas de imigração para cargos chave em seu governo. A governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, foi indicada para ser secretária de Segurança Interna, aguardando a confirmação pelo Senado. O ex-diretor interino do Serviço de Imigração e Fiscalização de Alfândegas (ICE), Tom Homan, foi nomeado "czar das fronteiras".
Homan já discutiu sua visão para as deportações em massa, dizendo que o foco inicial seria a expulsão de criminosos e ameaças à segurança nacional. Ele não descartou a deportação de famílias inteiras.
Durante a campanha, Trump prometeu mobilizar a Guarda Nacional para ajudar no esforço de deportação. Em alguns momentos, Trump sugeriu ainda que milhares de tropas de outros países fossem deslocadas para a fronteira entre os EUA e o México.
Estima-se que haja cerca de 11 milhões de imigrantes sem documentação legal nos Estados Unidos. A remoção desses indivíduos poderia custar bilhões de dólares por ano, de acordo com estimativas do American Immigration Council. Além disso, as deportações em massa poderiam ter um impacto econômico mais amplo, resultando em perda de receita tributária e escassez de mão de obra.
Fonte: ABC