Opositores políticos entraram com um processo para acabar com um programa federal que poderia potencialmente conceder cidadania a quase meio milhão de migrantes sem status legal, casados com cidadãos americanos, ou enteados.
Dezesseis estados liderados pelos republicanos iniciaram uma ação na sexta-feira (23) para interromper o programa lançado por Joe Biden em junho, afirmando em documentos judiciais que o governo Biden contornou o Congresso para criar um caminho para a cidadania com “propósitos políticos flagrantes”.
De acordo com a política, que começou a receber solicitações na segunda-feira (19), muitos cônjuges sem status legal podem solicitar algo chamado “parole in place” (PIP), que oferece permissão para permanecer nos EUA, solicitar um green card e, por fim, abrir um caminho para a cidadania.
Mas o programa tem sido particularmente controverso em um ano eleitoral em que a imigração é uma questão importante, com muitos republicanos atacando a política e rotulando-a de anistia para pessoas que infringiram a lei.
A organização bipartidária de imigração e justiça criminal FWD.us observou o momento da ação judicial e afirma que o programa está em conformidade com a lei.
“A única motivação por trás dessa ação judicial é a crueldade de separar famílias e a política grosseira de esperar que um juiz possa cumprir as ordens do movimento anti-imigrante”, disse a organização em um comunicado.
Para se qualificar para o programa, os imigrantes devem ter vivido continuamente nos EUA por pelo menos 10 anos, não representar uma ameaça à segurança ou ter um histórico criminal desqualificante e ter se casado com um cidadão americano antes de 17 de junho.
Eles devem pagar uma taxa de US$ 580 para se candidatar e preencher uma longa solicitação, incluindo uma explicação do motivo pelo qual merecem a liberdade condicional humanitária e uma longa lista de documentos comprobatórios que comprovem o tempo em que estão no país.
Eles se inscrevem no Departamento de Segurança Interna e, se aprovados, têm três anos para buscar a residência permanente.
Fonte: The Guardian