Mãe de jovem morta por imigrante membro de gangue processa o DHS

"Eu não tinha ideia do que estava acontecendo na fronteira antes de minha filha ser brutalmente assassinada - mas agora tenho", disse Tammy Nobles.

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Kayla Hamilton, de 20 anos, era autista e foi estuprada e estrangulada.

Uma mãe de coração partido, cuja filha foi estuprada e assassinada por um adolescente membro da gangue MS-13 de El Salvador, entrou com uma ação contra o governo federal por jogar "roleta russa com nossas vidas", acusando os agentes de não terem conseguido deter o suspeito na fronteira.

Tammy Nobles, mãe de Kayla Hamilton, de 20 anos, que era autista, argumenta em seu processo de US$ 100 milhões que tanto o Departamento de Segurança Interna quanto o Departamento de Saúde e Serviços Humanos falharam com sua filha ao permitir que o migrante não identificado entrasse no país sem confirmar sua identidade.

Nobles e outra mãe enlutada testemunharam na quinta-feira, 18, diante do painel da Câmara que conduz um inquérito de impeachment do secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, a quem acusam de não fazer cumprir as leis federais de imigração.

"Para mim, esta não é uma questão política, é uma questão de segurança para todos os que vivem nos Estados Unidos", disse ela ao Comitê de Segurança Interna da Câmara.

"Esta poderia ter sido filha de qualquer um. Não quero que nenhum outro pai viva o pesadelo que eu estou vivendo. Eu sou a voz dela agora e vou lutar com tudo o que tenho para que a história dela seja contada e conscientizar sobre o problema na fronteira. Ninguém lá fez seu trabalho e verificou seus antecedentes", disse Nobles.

E alegou que, se os federais tivessem examinado adequadamente o suspeito, mesmo que apenas verificando suas tatuagens, teriam percebido que ele era membro da gangue - desqualificando-o para entrar nos Estados Unidos.

"Quero que todos saibam o que está acontecendo na fronteira", disse ela. "Eu não tinha ideia do que estava acontecendo antes de minha filha ser brutalmente assassinada e estuprada - mas agora tenho."

Sua filha foi estuprada e estrangulada dentro do trailer em Frederick, Maryland, em 27 de julho de 2022, disse a polícia. O suspeito tinha alugado um quarto no trailer que pertencia a outro imigrante sem documentos.