Polícia Federal faz nova operação contra "coiotes" e imigração ilegal para os EUA
A Polícia Federal do Espírito Santo realizou uma nova 'Operação Coyote' contra suspeitos de fraudar documentos e enviar brasileiros de forma ilegal de brasileiros para os Estados Unidos.
Ao todo, seis mandados de busca expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de Vitória, que estão sendo cumpridos pela Delegacia de Polícia Federal de Cachoeiro de Itapemirim, na Região Sul.
A operação tem o apoio da Superintendência Regional de Minas Gerais em Capitão Andrade, Felixlândia, Governador Valadares e Pescador.
A PF investiga o envio ilegal de pessoas da região de Governador Valadares, em Minas Gerais para os Estados Unidos e teve início com a prisão em flagrante de dois suspeitos que tentaram confeccionar passaportes na Delegacia de Polícia Federal de Cachoeiro de Itapemirim fazendo uso de documentos falsos.
Após a prisão da dupla, outros suspeitos residentes em Minas Gerais foram identificados.
Os envolvidos, de acordo com a PF, atuam no esquema identificado como “Cai Cai”, no qual há a utilização de crianças e adolescentes com documentos falsos, simulando um parentesco de pai e filho, para facilitar a entrada e permanência de maiores de idade no território norte americano.
A investigação apontou ainda que os custos da viagem eram patrocinados por pessoas conhecidas como “Coyotes”, que depois recebiam dinheiro dos brasileiros que conseguiam ingressar nos Estados Unidos.
"Em muitos casos há a confecção de falsos registros de paternidade dos menores, para permitir que terceiros os utilizassem no esquema", informou a PF.
Os crimes investigados são promover por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de estrangeiro em território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro; entregar filho menor de dezoito anos a pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica moral ou materialmente em perigo; omitir em documento público ou particular declaração que dele devia constar ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa e fazer uso de qualquer de papéis falsificados ou alterados.