No contexto do aumento significativo do número de brasileiros apreendidos pelas autoridades imigratórias ao ingressarem irregularmente nos Estados Unidos, o Itamaraty vem buscando - por meio de alertas no Portal Consular, publicações em mídias sociais e respostas à imprensa - sensibilizar os cidadãos para os graves riscos à integridade física daqueles que empreendem a travessia informal da fronteira sul norte-americana.
Como parte de tal esforço, a área consular do MRE elaborou cartilha sobre "Riscos da Imigração Irregular para os Estados Unidos e México". O documento alerta eventuais migrantes acerca dos perigos associados ao envolvimento com redes criminosas de tráfico de pessoas, chama atenção para casos concretos de desaparecimentos e falecimentos na fronteira, e informa sobre números de contato para situações de emergência.
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Grupos maiores de imigrantes brasileiros estão arriscando a entrada ilegal nos Estados Unidos de uma só vez. E eles não estão correndo pelo deserto, mas atravessando redes de esgoto e de escoamento de água entre o México e os EUA, segundo a Patrulha de Fronteira.
Os traficantes de pessoas, vulgos "coiotes", estão passando os imigrantes por grandes ralos que foram construídos para ajudar o fluxo de água de um lado a outro da fronteira entre San Diego e Tijuana. De acordo com a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, os grandes grupos de imigrantes que usam os ralos são principalmente do Brasil e da Venezuela, e alguns de Portugal.
Entre 28 de outubro e 9 de novembro, os agentes encontraram cinco grupos, principalmente do Brasil e da Venezuela. Todos os grupos entraram nos Estados Unidos ilegalmente e consistiam em homens, mulheres e crianças e tinham 43, 49, 73, 84 e 93 pessoas.
Antes disso, em 23, 26 e 27 de outubro, mais de 150 brasileiros foram detidos em grupos que atravessaram duas redes de esgotos. “Desde outubro deste ano, temos visto um aumento de grandes grupos de imigrantes sendo deixados ao longo da fronteira imediata e, em seguida, entrando ilegalmente nos EUA pelas tubulações”, disse Justin De la Torre, Agente de Patrulha Responsável pela Estação da Praia Imperial da Patrulha da Fronteira.
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