ICE deporta brasileiro procurado por assassinato no Brasil
Por Arlaine Castro
ICE deporta brasileiro acusado de assassinato
O brasileiro Varley Ramos Costa, 53 anos, procurado pelas autoridades brasileiras por assassinato e tentativa de homicídio em Goiás, foi deportado pelas autoridades americanas em outubro. Uma investigação das agências de imigração, U.S. Immigration and Customs Enforcement’s (ICE) e Enforcement and Removal Operations (ERO) descobriu que Costa estava ilegalmente nos Estados Unidos e seu nome constava na lista da Interpol. De acordo com as informações do ICE, Costa entrou no país em uma data e local desconhecidos, sem inspeção por um oficial de imigração, o que dá a entender que tenha sido pela fronteira com o México. Com o nome na lista da Interpol, Costa foi preso no dia 25 de maio de 2017 por oficiais da ERO na Filadélfia e teve o processo de remoção para o Brasil depois da confirmação de que havia um mandado de prisão em aberto das autoridades brasileiras. Em 21 de setembro de 2017, um juiz de imigração ordenou que Costa fosse removido do país. A fim de permanecer nos EUA, no dia 28 de fevereiro de 2018, Costa entrou com um pedido de revisão e uma moção para suspensão da remoção no Terceiro Tribunal de Apelações, resultando em uma suspensão temporária. Brasileiro é preso por duplo assassinato em Miami Lakes Porém, em 2 de agosto de 2018, o Terceiro Circuito do Tribunal de Apelações negou a moção de suspensão e cancelou a estada temporária, abrindo caminho para sua repatriação ao Brasil. Deportado no dia 23 de outubro, Varley Ramos Costa, 53 anos, está hoje preso na Central de Triagem do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e aguarda o julgamento, segundo informações do G1. Crime passional Segundo o Ministério Público de Goiás, Costa é acusado de ter mandado matar o segurança Luciano Carvalho Couto, de 31 anos, então amante da sua esposa no dia 15 de dezembro de 2005, no Setor Capuava, em Goiânia. Informações publicadas pelo G1 sobre o caso citam que a vítima estava em casa quando dois homens chegaram em uma moto. Um deles desceu, pediu para falar com o segurança e, quando ele saiu, foi baleado e morreu. Na época do crime, Varley já estava nos EUA, para onde se mudou em 2002 e sua esposa, Sueli Gomes, ficou no Brasil com os filhos. Ela, então, passou a manter um relacionamento público com Luciano. No início de 2005, a mulher teria viajado para os Estados Unidos para deixar os filhos com Varley e voltar a morar no país natal. Brasileiros deportados pelos EUA são presos em Minas Enquanto estava nos Estados Unidos, morou com Varley, mas se comunicava frequentemente com Luciano por meio de cartas e telefonemas. "O denunciado, ao ver aproximar a data em que Sueli retornaria para o Brasil, resolveu mandar matar Luciano", aponta o documento do Ministério Público. Ainda segundo a denúncia, Sueli ligou para a família da vítima e disse que o mandante do crime seria Varley. Segundo o promotor Maurício de Camargos, a mulher não foi denunciada porque não ficou comprovado que ela tinha ligação com o crime. Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime aconteceu porque Costa não aceitava o relacionamento de sua mulher com a vítima. Já sua defesa alega inocência e diz que ele não tem qualquer ligação com o assassinato. Uma audiência sobre o caso está marcada para esta segunda-feira, 12, no Fórum Criminal em Goiânia. Deportações de criminosos Desde 1º de outubro de 2009, mais de 1.700 fugitivos estrangeiros que eram procurados em seus países de origem por crimes graves, incluindo sequestros, estupros e assassinatos, foram removidos dos Estados Unidos. No ano fiscal de 2017, o ICE realizou 226.119 remoções em todo o país. 83% dos indivíduos removidos do interior dos Estados Unidos haviam sido anteriormente condenados por um crime. Em nota sobre o caso do brasileiro, o ICE disse que continuará a procurar criminosos perigosos que representem uma ameaça às comunidades. "A remoção de Costa reflete o compromisso da ERO com a segurança pública nos Estados Unidos e também no exterior ”, disse Simona L. Flores, diretora do escritório de campo da ERO Filadélfia. Brasileiro procurado pela polícia é preso em NJ
