Um grupo de defensores foi preso ao tentar impedir a prisão de um imigrante mexicano por agentes do U.S. Immigration and Customs enforcement (ICE) ao comparecer para um “check-in” em um escritório do USCIS na Carolina do Norte.
Samuel Oliver-Bruno, de 47 anos, foi detido na última sexta-feira, 23, em um escritório de imigração em Raleigh, na Carolina do Norte, de acordo com um comunicado ICE. O encontro com autoridades de imigração seria para fornecer impressões digitais e discutir uma petição para atrasar sua deportação.
Acompanhado por líderes religiosos e outros partidários, 20 minutos depois de entrar no escritório, o mexicano foi detido. Ao ver que ele seria levado pelos agentes, os apoiadores tentaram bloquear a saída da van que levava o mexicano e acabaram presos pela polícia local.
Líderes de fé e membros da igreja rapidamente deram as mãos e formaram uma “parede humana” ao redor do veículo. Ali rezaram, cantaram "Amazing Grace" e outras canções de adoração por cerca de duas horas, até que a polícia desse ordem de dispersão.
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O Departamento de Polícia de Morrisville emitiu um comunicado dizendo que foi chamado para o local porque a multidão, embora pacífica, se recusou a permitir que os oficiais de imigração fossem embora com Oliver-Bruno. O departamento disse que tentou reduzir a situação, mas os manifestantes ignoraram duas ordens para dispersar antes que as prisões fossem feitas. "Foi apresentado (o check-in) como uma nomeação legítima, mas o ICE utilizou o devido processo como isca. Então, fomos ao encontro com ele, para oferecer proteção, sabendo que o encontro não era confiável. Estávamos pensando em entrar e sair em 30 minutos”, diz um dos religiosos do grupo.
Documento falso
Nos últimos 11 meses, Oliver-Bruno buscou refúgio fugindo da deportação na CityWell United Methodist Church em Durham, igreja da Carolina do Norte. Geralmente, as igrejas são consideradas santuários e locais onde os agentes de imigração evitam entrar. No entanto, de acordo com o ICE, Oliver-Bruno, nascido em Veracruz, no México, e que mora na Carolina do Norte há duas décadas, não tinha base legal para estar nos EUA e esgotou seus recursos perante a justiça. Ele foi preso em El Paso, Texas, depois que tentou entrar nos EUA usando uma certidão de nascimento do Texas, mostram documentos judiciais. Mais tarde, ele admitiu que era cidadão mexicano e pagou US $ 1.000 pelo documento. O caso de Oliver-Bruno esteve sujeito a amplos recursos desde então. Em 2014, Oliver-Bruno se confessou culpado por usar documentos falsos para tentar reentrar nos EUA pelo Texas e desde então o seu processo para deportação está em andamento.ICE deporta brasileiro procurado por assassinato no Brasil
O grupo Alerta Migratoria, que entrou em defesa do mexicano, disse que Oliver-Bruno entrou com um requerimento no U.S. Citizenship and Immigration Services (Serviços de Imigração Cidadania dos EUA) para evitar a deportação. O comunicado do grupo disse que ele foi convidado a fazer uma triagem biométrica como parte do pedido, e estava ciente de que tinha que "correr o risco de ser detido". Com um filho pequeno e uma esposa doente, Oliver-Bruno teme ser deportado e deixar para trás a família. Sua esposa sofre de Lupus e outras condições médicas e precisa de medicamentos e consultas constantes. Defensores dizem que a família de Oliver-Bruno havia "enfrentado ameaças recentemente" em seu estado natal de Veracruz, no México, onde os cartéis de drogas estão ativos. Eles disseram que ele temem por sua segurança se ele for deportado. Por sua vez, Pamela Wilson, porta-voz do USCIS, disse que a agência geralmente não pode discutir pedidos individuais de adiamento de deportação. O mexicano não será deportado imediatamente, mas continua sob custódia enquanto o processo continua. Com informações da CBS News. Leia também:Mulher ganha US $55 mil por ter sido injustamente detida pelo ICE
