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Grupo bipartidário da Câmara revela novo proposta para o DACA
Um grupo bipartidário de legisladores na Câmara apresentou uma proposta na segunda-feira, dia 29, para resolver o impasse de imigração em Washington, mesmo que a Casa Branca tenha oferecido um plano mais conservador. O grupo de 48 legisladores, dividido com exatidão entre os dois partidos, está pedindo para que seu plano de segurança nas fronteiras ser incluído na negociação de orçamento, que está acabando com a liderança do Congresso por meses por causa do impasse em imigração e outros problemas. O grupo, chamado de Problem Solvers Cáucus, trabalhou desde o começo do segundo semestre do ano passado para encontrar uma solução para o Deferred Action for Childhood Arrivals, que protege jovens indocumentados que vieram para os Estados Unidos quando eram crianças da deportação e o qual o presidente Donald Trump decidiu acabar no dia 5 de março. Na semana passada, a Casa Branca apresentou sua própria proposta que iria oferecer um caminho à cidadania para aproximadamente 2 milhões de imigrantes indocumentados, mas contém várias mudanças em imigração que encontraram resistência tanto na esquerda quanto na direita. No plano apresentado, jovens que se qualificam teriam um caminho de 10 a 12 anos para a cidadania, contanto que tenham uma ficha criminal limpa e que tenham pago impostos. A parte do acordo relacionada à segurança nas fronteiras atenderia ao pedido de $1,6 bilhões do presidente para o próximo ano fiscal para a construção de barreiras físicas, como um muro e um cercado, e $1,1 bilhão para tecnologia e outras medidas. Para responder a outros “pilares” das exigências da Casa Branca, o programa visa acabar com o visto de diversidade, mas criando um novo tipo de visto baseado em mérito para pessoas de países pouco representados. O projeto de lei também iria evitar que os pais que trouxeram seus filhos ilegalmente para os EUA possam obter a cidadania quando seus filhos se tornem cidadãos, mas lhe dariam uma permissão de trabalho de três anos para ficarem nos EUA sem cidadania. Com informações da CNN. “Fim do DACA prejudicará não só os beneficiados, como o governo”, diz jovem brasileiro O brasileiro Felipe Garcia, de 31 anos, vive nos Estados Unidos desde 2000 e é beneficiado pelo DACA desde que o programa foi anunciado pelo ex-presidente Barack Obama, em 2012. Desde então, o jovem que vive em Boca Raton, pode tirar carteira de motorista, podendo trabalhar mais, o que por si só já elevou seu salário para quatro vezes o que ganhava antes. Com documentos, ele pode comprar uma franquia de uma companhia de limpeza, além de dirigir Uber nas horas vagas há dois anos e meio. Embora a incerteza sobre o futuro do DACA esteja afligindo muitas pessoas, Felipe conseguiu renovar o benefício há três meses até setembro de 2019. Caso o programa seja abolido, seu plano é pedir a legalização por sua mãe, que tem Green Card, mas o processo é demorado e poderá deixá-lo no limbo por algum tempo. “Se eles deixarem o DACA acabar será muito ruim, não só para os beneficiados, como para o governo, que investiu milhões em nossa educação até hoje. Esse dinheiro vai ser todo jogado no lixo. O certo é todos esses jovens terem o direito de ficar, nem que tenhamos que pagar uma multa”, disse Felipe. “Além disso, deportar todo mundo seria um grande prejuízo”.