Instinto materno quase faz brasileira perder a vida
Ela, seu pai e seu bebê, Francisco, de apenas 3 meses, voltavam do supermercado. Seu pai dirigia para que Vanessa fosse atrás com o filho. A primeira parada foi para deixar seu pai em casa e, assim, Vanessa passaria para a direção para ir para casa com o filho. Seu pai parou o carro, saiu, e Vanessa passou para o banco do motorista.
Pronta para seguir para casa, Vanessa colocou a marcha de seu carro na posição Reverse (Ré) para sair da garagem, e quando olhou para baixo, viu que havia uma abelha em seu peito. “Eu pensei: Meu Deus, preciso tirar essa abelha daqui, imagine se ela pica o bebê. Daí coloquei o carro na posição ‘Park’ e saí do carro. Porém, acho que não coloquei direito na posição ‘Park’ e o carro continuou na posição de ‘Ré’”, relata.
Por isso, quando Vanessa saiu do carro ele ainda estava em movimento. “Eu comecei a gritar para meu pai. Tentei segurar a porta, mas acabei sendo empurrada para o chão”, conta.
Vanessa caiu no chão de bruços e a roda do lado do motorista passou sobre suas
O serviço de emergência foi acionado e chegou rapidamente. “Os vizinhos de meu pai, Dabbie, que era enfermeira e seu marido, Tom, que já foi paramédico, vieram até mim e ela segurava meu filho. Quando vi que ele estava bem, me senti um pouco melhor”, relata Vanessa. “E Tom me dizia que eu não ia morrer, porque não havia chegado minha hora. Eu consegui mover as pernas e os braços imediatamente, mas ainda tinha medo de lesões internas”.
“Quando o 911 chegou, os paramédicos também me prometeram que eu não iria morrer e fui levada ao North Broward Hospital. Quando cheguei, vi que o médico usava um crucifixo e perguntei se ele era católico. Ele disse que sim. Então implorei que não me deixasse morrer. Ele prometeu que eu estaria em casa a tempo para a missa das 5”, contou a brasileira.
E foi isso que aconteceu. Depois de vários exames, Vanessa foi informada que estava tudo bem. Quando teve alta, seu pai a levou junto com seu marido até a igreja de St. Coleman. “Chegamos lá às 5:10pm orei, agradeci a Deus por me deixar viver e chorei”. Três semanadas depois, Vanessa voltou ao médico e, segundo ele, sua dor nas costas pode estar sendo causada por pequenas fraturas milimétricas que cicatrizarão com o tempo. “Ele disse que como se trata da costela, não há muito que se fazer que não seja esperar a cicatrização”.
A recuperação física é fácil, disse Vanessa. O mais difícil é tentar entender como conseguiu sobreviver: “Meu bebê é a minha vida e eu sei que me foi dada uma segunda chance para que eu possa criá-lo”, conclui.