Tempestade Tropical Sara castiga América Central e pode atingir a Flórida

Tempestade deve enfraquecer antes de alcançar o Golfo, após passagem pelo continente

Por Lara Barth

Tempestade Sara deve enfraquecer antes de alcançar o Golfo, após passagem pelo continente

A Tempestade Tropical Sara, formada na tarde de quinta-feira (14), segue lentamente ao longo da costa norte do país nesta sexta-feira (15), causando chuvas torrenciais não apenas em Honduras, mas também em Belize, El Salvador, na região leste da Guatemala, oeste da Nicarágua e nas porções orientais da Península de Yucatán, no México.

Estima-se que em Honduras, a região norte possa registrar até 40 polegadas (1016mm) de chuva devido à tempestade, com a preocupação de que isso leve a inundações repentinas generalizadas e deslizamentos de terra potencialmente catastróficos ao longo do fim de semana.

Para ter uma ideia da intensidade, apenas oito estados dos EUA já registraram oficialmente 22 polegadas (560 mm) ou mais de chuva em um período de 24 horas, segundo o Comitê de Extremos Climáticos do NOAA.

Embora Sara possa permanecer próximo à costa nos próximos dias, espera-se que a tempestade se desloque para o interior e se dissipe sobre o sul do México, antes de atingir o Golfo do México.

Apesar da previsão de que os remanescentes de Sara sejam absorvidos por uma frente fria que se aproxima da Flórida no meio da próxima semana, não se espera que o sistema se reative no Golfo do México.

Sara ainda pode contribuir para uma passagem mais intensa de uma frente fria, na terça (19) e quarta-feira (20), ampliando a ameaça de tempo severo e tornados para o norte e centro-oeste da Flórida.

Após cinco aterrissagens de furacões nos EUA – o que representa o 7º ano na história de 174 anos de registros com esse número de furacões – e mais de 100 bilhões de dólares em danos estimados e centenas de mortes, principalmente devido às inundações catastróficas causadas pelo furacão Helene, finalmente podemos nos despedir da temporada de furacões de 2024 nos EUA.

Embora não possamos descartar a possibilidade de uma tempestade isolada no Atlântico antes do fim oficial da temporada, em 30 de novembro, não esperamos novas ameaças para os EUA. Uma boa notícia após uma longa e difícil temporada de furacões.

Fonte: Local 10