Outro sistema tropical deve se formar no final desta semana na parte ocidental do Caribe, com a possibilidade de se intensificar até o começo da próxima semana.
Assim como a última tempestade Rafael, a grande questão é saber quanto tempo levará para se desenvolver e se o sistema se moverá rapidamente para o interior da América Central, encontrará uma rota de fuga rápida para o Atlântico ou se manterá por mais tempo na região. Ainda é cedo para saber qual caminho será seguido, mas uma das opções poderia torná-lo uma ameaça para a Flórida.
O sistema se originará de uma onda tropical que está se movendo para o oeste, com seu centro no Caribe central e em Hispaniola hoje, e uma faixa de tempestades e áreas de rotação se estendendo para o sudoeste do Caribe a partir do Pacífico oriental.
Essas áreas de instabilidade e rotação irão se intensificar nos próximos dias, próximo às costas de Honduras e Nicarágua. Os principais modelos de previsão — incluindo o GFS americano e o europeu — já concordam que devemos ver o desenvolvimento de uma depressão ou tempestade nomeada até o final da semana ou no fim de semana.
O próximo nome na lista de tempestades é Sara.
O rumo que o sistema tomará na próxima semana dependerá de como e onde, em relação à América Central, o sistema se formar.
1. Primeiro cenário: Se o sistema se desenvolver mais rapidamente e mais distante da América Central, ele poderia ser puxado para o norte por uma frente fria que deve atravessar a Flórida e seguir para o Atlântico sul neste fim de semana. Esse cenário colocaria em risco áreas de Cuba oriental, Jamaica, Haiti e República Dominicana durante o fim de semana, mas reduziria o risco para áreas a oeste.
2. Segundo cenário: Se o sistema se formar mais próximo à América Central, ele pode não ser afetado pela frente fria e se mover para o interior, afetando a América Central com impactos prolongados e possivelmente significativos. Nesse caso, o sistema poderia até se dissipar ao passar sobre a terra no começo da próxima semana.
3. Terceiro cenário: A frente fria poderia passar ao largo do sistema neste fim de semana, mas o sistema permaneceria próximo à costa da América Central e sobre o Caribe ocidental até o começo da próxima semana. Isso seria mais preocupante para áreas ao norte, como a Península de Yucatán no México, o oeste de Cuba e a Flórida, já que as condições ambientais ficariam mais favoráveis para intensificação, e as correntes de vento poderiam empurrá-lo para o norte na segunda (18) ou terça-feira (19).
Qualquer um desses três cenários é possível, e os modelos de previsão já mostram claramente essas possibilidades. Vale destacar que uma ameaça à Flórida nesta época do ano — especialmente na terceira semana de novembro — seria um evento raro, mas não sem precedentes. Desde 1966, apenas os furacões Gordon (1994), Keith (1988) e Kate (1985) atingiram a Flórida depois de meados de novembro, sendo que apenas Kate (em 1985) foi um furacão na hora do impacto.
Fonte: Local 10