Helene se torna furacão de categoria 3 enquanto se aproxima da Flórida

Helene foi atualizado para um furacão de Categoria 3 na tarde desta quinta-feira (26), antes de atingir a costa noroeste da Flórida nesta noite. Os avisos de furacão e inundações repentinas se estendem muito além da costa até o centro-sul da Geórgia.

Os ventos já deixaram cerca de 100.000 residências e empresas sem energia no estado. E a chuva começou a castigar lugares como Asheville, na Carolina do Norte, onde um dilúvio de 18 centímetros causou preocupações com enchentes.

Com os meteorologistas também alertando sobre tornados e deslizamentos de terra, os governadores da Flórida, Geórgia, Carolinas e Virgínia declararam estado de emergência, assim como o presidente Joe Biden, para várias localidades. O Governo está enviando o chefe da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências à Flórida na sexta-feira (27) para checar os danos.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, disse na manhã de quinta, que os modelos sugerem que Helene atingirá a costa mais a leste, diminuindo as chances de um impacto direto na capital Tallahassee, cuja área metropolitana tem uma população de cerca de 395.000 habitantes.

A mudança faz com que a tempestade seja direcionada diretamente para a área de Big Bend, pouco povoada, que abriga vilas de pescadores e refúgios de férias onde o Panhandle e a península da Flórida se encontram.

Ordens de evacuação obrigatória foram emitidas se estendendo do Panhandle ao sul, ao longo da Costa do Golfo, em áreas baixas ao redor de Tallahassee, Gainesville, Cedar Key, Lake City, Tampa e Sarasota.

As autoridades federais organizam equipes de busca e salvamento, enquanto o escritório do Serviço Nacional de Meteorologia em Tallahassee previa ondas de tempestade de até 6 metros e alertava que elas poderiam ser particularmente “catastróficas e impossíveis de sobreviver” na Baía de Apalachee. Acrescentou que ventos fortes e chuvas intensas também representavam riscos.

Ao longo da Costa do Golfo da Flórida, distritos escolares e várias universidades cancelaram as aulas. Os aeroportos de Tampa, Tallahassee e Clearwater foram fechados, enquanto os cancelamentos se espalharam em outras partes do estado e além.

O Helene estava a cerca de 195 milhas (315 quilômetros) a sudoeste de Tampa na tarde de quinta-feira e se deslocava para o norte-nordeste a 16 mph (26 kph) com ventos máximos sustentados de pelo menos 111 mph (179 kph).

Embora o Helene provavelmente se enfraqueça à medida que se desloca para o interior, espera-se que os ventos prejudiciais se estendam até o sul das Montanhas Apalaches, onde há possibilidade de deslizamentos de terra, segundo os meteorologistas. O centro publicou avisos de tempestades tropicais menores até o norte da Carolina do Norte e alertou que grande parte da região poderia sofrer interrupções prolongadas de energia e inundações. O Tennessee está entre os estados que devem ficar encharcados.

A previsão é de que Helene seja uma das maiores tempestades em extensão dos últimos anos a atingir a região, disse o pesquisador de furacões da Colorado State University, Phil Klotzbach. Ele disse que, desde 1988, apenas três furacões do Golfo foram maiores do que o tamanho previsto para o Helene: Irma em 2017, Wilma em 2005 e Opal em 1995.

Áreas a 100 milhas (160 quilômetros) ao norte da linha Geórgia-Flórida podem esperar condições de furacão. Mais da metade dos distritos escolares públicos da Geórgia e várias universidades cancelaram as aulas. O estado abriu seus parques para os evacuados e seus animais de estimação, inclusive cavalos

Para Atlanta, o Helene pode ser o pior ataque a uma grande cidade do interior do Sul em 35 anos, disse Marshall Shepherd, professor de meteorologia da Universidade da Geórgia.
A mais de 320 quilômetros ao sul, algumas empresas na cidade de Valdosta, na Geórgia, fecharam por causa do aviso de furacão, incluindo o Walmart local.

Helene é a oitava tempestade nomeada da temporada de furacões do Atlântico, que começou em 1º de junho. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica previu uma temporada de furacões no Atlântico acima da média este ano devido às temperaturas recordes do oceano.

Fonte: Local 10