Brasileira tenta tirar filho de abrigo após cruzar fronteira dos EUA
Na decisão, foi determinado que as crianças de cinco anos sejam devolvidas aos seus pais no máximo em 14 dias. A ordem também determina que os funcionários forneçam aos pais contato com seus filhos por telefone dentro de 10 dias. Na semana passada, Trump aprovou uma ordem executiva que suspendia a separação das famílias na fronteira. Porém, o novo decreto não esclarecia quais medidas seriam tomadas para reunir as famílias. Desde então, apenas 522 crianças voltaram a ficar com seus responsáveis. A colocação em prática da determinação tem enfrentado problemas burocráticos e logísticos.Após polêmica, Trump encerra separação de famílias na fronteira
A American Civil Liberties Union, organização que apoia imigrantes, entrou com uma ação para impedir as separações antes da ordem executiva do presidente. Em sua ordem, o juiz Sabraw disse que as crianças podem ser separadas na fronteira somente se os adultos que estão com elas apresentarem perigo imediato para as crianças. Um porta-voz do Departamento de Justiça disse que a decisão "torna ainda mais imperativo que o Congresso finalmente aja para dar à lei federal a capacidade de impor simultaneamente a lei e manter as famílias unidas". "Sem essa ação do Congresso, a ilegalidade na fronteira continuará, o que levará apenas a resultados previsíveis - mais heroína e fentanil impulsionados pelos cartéis mexicanos que assolam nossas comunidades, um surto de membros de gangues de MS-13 e um aumento no número de processos de tráfico de seres humanos ", disse o porta-voz.Com informações da CNN. Brasileiros na Flórida O governo separou de seus pais 2.575 menores que atravessaram a fronteira do país com o México desde o início da política de "tolerância zero" iniciada em maio. Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, 51 crianças brasileiras estão separadas dos pais, depois de terem cruzado a fronteira entre o México e os Estados Unidos. Segundo o Consulado do Brasil em Miami, dois menores brasileiros, um menino de 15 anos e uma menina de 13 anos, estão em abrigo na cidade há cerca de um mês. ”O Consulado-Geral do Brasil em Miami tem mantido contato com os pais presos, os familiares no Brasil e com as crianças prestando a assistência cabível”, informou o órgão em nota. “Uma funcionária do setor de Assistência do Consulado-Geral visitou o abrigo, conversou pessoalmente com as crianças e checou as condições oferecidas. As crianças estavam em bom estado de saúde. Os processos das crianças dependem dos processos dos pais. Se os pais forem deportados, as crianças serão deportadas também”, descreve o comunicado.