Quando falamos em fotossíntese, pensamos em plantas. Porém, nos últimos anos, cientistas têm perseguido a possibilidade da fotossíntese também ser executada por animais. Sabemos que a fotossíntese é um processo realizado pelas plantas e outros organismos como as algas. São seres autótrofos.
Apesar dos livros didáticos destacarem as algas como plantas, segundo pesquisadores, as algas, mesmo realizando a fotossíntese, não podem ser consideradas como plantas, por não possuírem raiz, caule e folha, possuem somente talo, e por terem surgido antes dos vegetais, há 4,5 milhões de anos.
Na fotossíntese, um determinado organismo tem a capacidade de transformar a energia luminosa em energia química, no intuito de atender as necessidades metabólicas do próprio organismo. É um dos processos biológicos mais importantes para o planeta Terra.
O organismo que realiza a fotossíntese é referido como organismo fotossintetizante, captura a energia química na forma de ATP, uma molécula que armazena energia em suas ligações químicas; e na forma de NADPH, uma coenzima que nas células auxilia na oxirredução. Essas moléculas são responsáveis pela geração da glicose e de outros componentes orgânicos a partir do CO2 capturado da atmosfera e da água (H2O).
Recentemente, o centro de estudos de física da Universidade do Sul Toulon-Var, na França, detectou a fotossíntese em insetos. Na verdade, o inseto em questão, o pulgão da espécie Acyrthosiphon pisum executava a fotossíntese no mesmo grau de uma planta, mas apresentou a capacidade de absorver energia luminosa para a sua nutrição. O resultado desta pesquisa foi divulgado na revista Nature. O pulgão, ao ser colocado em local luminoso, apresenta alto nível de ATP (adenosina trifosfato). A ATP é produzida a partir da glicose obtida na alimentação, mas, no caso das plantas e dos pulgões pesquisados, ele é gerado a partir da luz.
Outro estudo envolve pesquisas com a lesma do mar da espécie Elysia chlorotica , que tem demonstrado a capacidade de desenvolver seu próprio alimento a partir da fotossíntese. Essa espécie vive na costa dos EUA e se alimenta de algas verdes. Os pesquisadores norte-americanos descobriram que depois de comerem as algas, as lesmas conseguem sobreviver por um longo tempo produzindo seu próprio alimento a partir da fotossíntese. O cloroplasto adquirido, que contém clorofila, pode ficar presente no organismo do animal por até nove meses.