Conforme o "red tide" (maré vermelha) tóxica continua atingindo a costa do sudoeste da Flórida, um condado registrou o maior número de mortes de tartarugas marinhas já visto em um único mês, em outubro.
No mês passado, 58 tartarugas morreram no condado de Collier e outras duas foram relatadas como machucadas ou doentes, de acordo com Maura Kraus, a principal especialista em meio ambiente da divisão de parques e recreação do condado.
Os registros do condado sobre encalhes de tartarugas marinhas - que incluem tartarugas doentes, feridas ou mortas - datam de 1989.
Na última década, o Condado de Collier registrou uma média de pouco menos de cinco encalhes de tartarugas marinhas por mês em outubro.
A contagem de encalhes do mês passado é cerca de 12 vezes maior que a média de 10 anos, de acordo com Allen Foley, biólogo da vida selvagem do Instituto de Pesquisa do Florida Fish and Wildlife e coordenador principal da rede de resgate e recuperação de tartarugas marinhas do estado.
Em todo o ano passado, durante um dos piores surtos de "maré vermelha" que a região já viu, 133 tartarugas encalharam no Condado de Collier.
Das tartarugas encontradas mortas em outubro, Kraus disse que a maioria era das tartarugas marinhas Ridley de Kemp - as menores e mais ameaçadas do mundo.
Maré vermelha
O momento dessas mortes de tartarugas se aproxima da chegada da maré vermelha deste ano à Flórida, que começou a se espalhar pela costa sudoeste do estado no início do mês passado, disse Foley.
A maré vermelha é um fenômeno natural que ocorre há séculos, mas há dúvidas sobre o que exatamente está causando os intensos surtos dos últimos anos.
Normalmente, ela se forma em águas mais profundas e depois é transportada para terra por ventos e correntes, mas o evento deste ano começou perto da costa, onde os cientistas dizem que o escoamento de nutrientes do fertilizante usado em fazendas, gramados e outras fontes pode acelerar seu crescimento.
De acordo com os cientistas, este surto atual não é tão sério quanto o evento historicamente ruim que começou em 2017 e durou 16 meses.
Porém, altas concentrações das algas tóxicas estão se mantendo constantes nas águas da costa sudoeste do estado.
Mas os cientistas disseram também que o número de encalhes diminuiu nas últimas semanas. Com informações da CNN.