Dois homens são acusados de caçar milhares de tartarugas da Flórida e vendê-las ilegalmente, segundo o Florida Fish and Wildlife Conservation Commission.
As "acusações representam a maior apreensão de tartarugas do estado na história recente", informou a FWC em comunicado, na sexta-feira (18).
Mais de 4 mil tartarugas, uma variedade de espécies nativas, foram capturadas e vendidas ilegalmente em seis meses, segundo informou a comissão. As tartarugas valiam US$ 200 mil no mercado negro.
"O comércio ilegal de tartarugas está causando um impacto global em muitas espécies de tartarugas e em nossos ecossistemas", disse Eric Sutton, diretor executivo da FWC.
Depois de receber uma denúncia em fevereiro de 2018, a FWC lançou uma investigação secreta onde descobriu um grupo de traficantes que vendia tartarugas selvagens para revendedores e distribuidores de répteis.
Os suspeitos pegaram tantas tartarugas em seus habitats que as populações foram esgotadas, informou a comissão.
"As populações de tartarugas selvagens não podem sustentar o nível de captura que ocorreu aqui", disse Brooke Talley, coordenadora de conservação de répteis e anfíbios da FWC. "Isso provavelmente terá consequências para todo o ecossistema e é um prejuízo para as gerações futuras".
Os investigadores cumpriram um mandado de busca em 12 de agosto, durante o qual encontraram centenas de tartarugas e o crânio e o esqueleto de uma tartaruga marinha Kemp's Ridley, a espécie mais ameaçada entre as tartarugas marinhas.
Os suspeitos venderam as tartarugas por dinheiro e produtos de maconha. Ambos enfrentam uma variedade de acusações.
As tartarugas foram vendidas na Flórida para compradores que as enviaram para o exterior, especificamente na Ásia, onde eram compradas como animais de estimação. Dependendo da espécie, a comissão disse que as tartarugas caçadas são vendidas no atacado por até US$300 cada, e no varejo por até US$10 mil cada na Ásia.
"Mais de 600 tartarugas foram devolvidas à natureza, duas dúzias foram colocadas em quarentena, e algumas não nativas foram retidas por um cativeiro licenciado", afirmou o FWC. Com informações da CNN.