
Brasileiros comemoram melhora do mercado de emprego na Flórida
Apesar de a Flórida ter alguns dos financiamentos menos acessíveis em todo o país, segundo o WalletHub, o estado ficou em terceiro lugar para o crescimento médio do número de pequenas empresas e o quinto na categoria de startups per capita, aponta o estudo. Na área de Tampa Bay e no sul da Flórida, a comunidade de pequenas empresas e startup está prosperando e as duas áreas foram nomeadas como os melhores lugares para início de um negócio, segundo o estudo do WalletHub. Além disso, instituições acadêmicas como a Florida International University (FIU), a Florida Atlantic University (FAU) e a Universidade de Miami (UM) estão criando incubadoras ou desenvolvendo espaços de co-working e concursos de plano de negócios, o que alavanca ainda mais o tipo de negócio na região.Identificar um problema e apresentar a solução
De olho na parcela de brasileiros que se mudou para os Estados Unidos, especialmente para a Flórida, no auge da crise em 2014, mas que continuava a trabalhar e a manter negócios no Brasil, o CEO e um dos criadores da startup brasileira, Business Traveler Deals (btd), que opera há 18 meses na Flórida e em Nova York, Manoel Suhet, percebeu um nicho no mercado e resolveu arriscar.2º melhor estado para os negócios, o mercado da Flórida vai além de ilusão

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Em 10 meses, o aplicativo tem mais de 1.200 downloads em 38 países e em oito línguas. "Esse é poder de uma startup de tecnologia, poder trabalhar com flexibilidade para redução de custos nos tempos modernos", ressalta. Para o CEO, o mercado de startups na Flórida é muito aquecido, com muito capital disponível. Miami montou um ecossistema que é muito favorável pra quem cria startup. Muita opção de 'coworking' e também empresas e instituições que apoiam incubadoras, investidores anjos, e muitas empresas de capital de risco e investidores privados dispostos e com capital para investir em startups. No sul da Flórida, esse tipo de mercado atraiu cerca de 1,3 bilhões de dólares em 2018, aponta Suhe. "Um número impressionante que mostra a grande capacidade do estado para isso. Além dos eventos voltados à area tecnológica. Vimos também que a comunidade brasileira, que é bem expressiva, tem se aproveitado desse mercado para empreender", finaliza.
Ainda não é um Vale do Silício
Outra startup criada por brasileiros é a Silicon Minds, que trabalha com Reputação Online, Social Media Advertisement, Amazon FBA, Drop Shipping e também o aplicativo de monitoramento de contas no Instagram - o BippApp. Em comparação com o Vale do Silício, na Califórnia, onde foi criada em 2015, o mercado da Flórida ainda deixa muito a desejar, segundo o sócio Fernando Azevedo, que hoje mora na Flórida, onde também explora o mercado de negócios digitais. "O mercado de startups é muito menor do que o do Vale do Silício e vejo muitos empreendedores que acabam criando um 'emprego' pois não se focam em negócios globais e escaláveis. No entanto, o mercado existe. A Magic Leap, comprada pela Google, é um bom exemplo. E tenho conhecido alguns americanos feras que moram no sul da Flórida e se conectam com profissionais do Vale do Silício pela internet", menciona. Para o analista digital, falta a garra empreendedora do Vale do Silício de trabalhar 100 horas por semana, a ideia de escalar rápido, facilidade de capital de risco. "Nesses pontos eu acho que a Flórida ainda deixa a muito a desejar", analisa Azevedo. Leia tambémComplexos de lazer, hotéis e trem bala prometem alavancar economia da Flórida
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