Flórida: Justiça apoia referendo sobre legalização da maconha para fins medicinais
“A emenda proposta tem uma identidade ideológica e natural de propósito, que é especificamente permitir o uso restrito da maconha, em casos de doenças debilitantes”, destacou a sentença, decidida por 4 votos a 3.
Se a emenda passar (com 60% dos votos) o estado poderá se tornar o 21º do país a descriminalizar a maconha para fins medicinais, embora seu uso seja ilegal aos olhos do governo federal.
Quem impulsionou a campanha foi o advogado John Morgan, que defende a legalização da maconha para doenças catastróficas e crônicas, realizada pela organização People United for Medical Marijuana (PUFMM), com sede em Orlando.
A procuradora-geral Pam Bondi, que se opôs a que o tema fosse incluído na cédula de votação das próximas eleições locais, previstas para 4 de novembro, não reagiu à decisão por enquanto.
A campanha favorável ao uso medicinal da maconha na Flórida coletou as assinaturas necessárias para ser submetida a um referendo em novembro, mas a decisão da Suprema Corte estadual era crucial para fazer a consulta.
Os defensores da medida tinham prazo até 1º de fevereiro para reunir 683.149, mas segundo dados oficiais divulgados pela Divisão de Eleições do governo da Flórida, até o dia 24 tinham sido coletadas 722.416 assinaturas.
O governador do estado, o republicano Rick Scott, assim como os legisladores locais, majoritariamente conservadores, expressaram sua oposição a esta emenda.
A proposta de legalizar a maconha com fins medicinais na Flórida indica que seria permitido “o cultivo, a compra, a posse e o consumo de maconha para tratar Alzheimer, caquexia, câncer, dor crônica e distúrbios crônicos do sistema nervoso”.