FBI prende líder de grupo armado que detinha imigrantes na fronteira entre EUA e México
Por Gazeta News
O FBI anunciou a prisão de Larry Hopkins, o líder de um grupo armado acusado de atuar como "milícia" que detém imigrantes que atravessam ilegalmente a fronteira entre os EUA e o México, no Novo México. Em março, o fazendeiro deteve um grupo de 30 brasileiros que tentava atravessar ilegalmente a fronteira, mas acabaram passando em seu terreno no Novo México. A prisão Hopkins ocorreu dois dias depois da American Civil Liberties Union (ACLU) acusar o grupo por detenção ilegal de imigrantes do Novo México e o governador democrata Michelle Lujan Grisham ter ordenado uma investigação. Hopkins, 69, também conhecido como Johnny Horton, foi preso em Sunland Park, Novo México, sobre uma acusação federal de atuar como criminoso pela posse de armas de fogo e munições, informou em comunicado o Federal Bureau of Investigation. "Nós não estamos preocupados com isso, tudo será apurado", disse Jim Benvie, porta-voz para os United Constitutional Patriots (UCP), culpando sua detenção em pressão política de Lujan Grisham.
Hopkins é o "comandante nacional" da UCP, que tem cerca de meia dúzia de membros acampados em uma base rotativa perto do Sunland Park desde o final de fevereiro. Grupo com 30 brasileiros é detido por milícia na fronteira ao tentar entrar nos EUA A UCP descreve-se como um "grupo patriota" que ajuda os EUA. Vestidos com roupas camufladas e carregando rifles, os membros da UCP "vigiam" parte da fronteira. A Patrulha da Fronteira enfrenta um número recorde de famílias da América Central que atravessam a fronteira em busca de asilo. A agência deteve mais de 5.600 migrantes nos últimos dois meses, disse Benvie. Vídeos postados online pelo grupo mostram membros dizendo aos imigrantes para pararem, sentarem e aguardarem a chegada dos agentes. Críticos acusam a UCP de imitar a aplicação da lei. "A prisão de hoje pelo FBI indica claramente que o Estado de direito deve estar nas mãos dos agentes da lei treinados, e não vigilantes armados", disse Hector Balderas, procurador-geral do Novo México, em um comunicado sobre a prisão de Hopkins. Com histórico criminal, Hopkins já havia sido preso no Oregon em 2006 por suspeita de se passar por policial e ser um criminoso de posse de uma arma de fogo, segundo o Southern Poverty Law Center. A U. S. Customs and Border Protection (CBP) disse em comunicado que não apoia a aplicação da lei feita por cidadãos "com suas próprias mãos" e pede à população para os "seus olhos e ouvidos" na fronteira. Benvie disse que a UCP estava fazendo exatamente isso e contava com o apoio da Polícia de Fronteira e da Polícia local.
Principalmente veteranos militares, os membros da UCP carregam armas para defesa pessoal e em nenhum momento apontam armas para os migrantes, como eles foram acusados, defendeu Benvie. Com informações da Reuters. EUA querem 2 anos para identificar crianças separadas dos pais na fronteira