Familiares de treinadora morta por baleia no SeaWorld se distancia de filme polêmico

Por Gazeta News

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Familiares da treinadora do SeaWorld, que morreu ao ser atacada por uma orca, se distanciaram do documentário “Blackfish”, que está gerando controvérsia sobre o tratamento de baleias em cativeiro. As informações são do “Sun Sentinel”.

O documentário critica os parques aquáticos pelo tratamento das baleias e cita a morte de Dawn Brancheau, em 2010, quando uma orca de 12 mil libras, chamada Tilikum, puxou a treinadora de 40 anos para o fundo da piscina e ela morreu afogada.

O filme tem gerado protestos de músicos como Willie Nelson e The Beach Boys, que cancelaram shows no parque nas últimas semanas. A família de Brancheau, que vive na região de Chicago, anunciou que não participou da produção do filme e disse que tem permanecido em silêncio sobre a controvérsia gerada até que publicou um comunicado no site “Dawn Brancheau Foundation”.

“Em primeiro lugar, nós não estamos ligados a esse filme em nenhum sentido. Não ajudamos em sua criação e não tínhamos consciência de seu conteúdo até quando o filme foi exibido no Sundance Film Festival”, disse o comunicado, acrescentando que nem a família nem a fundação receberam e nem irão receber nenhum tipo de pagamento da produção do filme.

“O filme trouxe atenção para a questão do bem-estar dos animais, e por isso estamos satisfeitos. No entanto, “Blackfish” não é a história de Down. Ela acreditava no tratamento ético de animais. Ela não teria permanecido por 15 anos trabalhando no SeaWorld se ela sentisse que as baleias não eram bem tratadas.

Publicidade negativa Desde o lançamento do filme no ano passado, o SeaWorld tenta combater a publicidade negativa gerada pelo filme, que chegou a ser nomeado como Melhor Documentário do Oscar, mas não estava entre os nomes anunciados na semana passada.

A diretora do filme, Gabriela Cowperthwaite, disse em uma entrevista que tentou entrevistar membros da família por meses enquanto filmava o documentário e inicialmente havia planejado fazer um filme sobre a relação de humanos com animais, o que teria focado na paixão de Brancheau por baleias.

“Acredito que treinadores e animais ficarão mais seguros com este filme e só posso imaginar que Brancheau ficaria feliz com isso”, disse a diretora.

Menos procura Durante a controvérsia, os parques do SeaWorld têm visto um pequeno declínio no número de visitantes, mesmo com o anúncio de que a companhia deverá ter seu ano mais lucrativo, com $1,5 bilhões de dólares em lucros.

Depois que vários artistas boicotaram concertos no SeaWorld em dezembro, a companhia publicou anúncios de página inteira em jornais negando as acusações do filme. Segundo o “Sun Sentinel”, vários treinadores, incluindo um que foi entrevistado pelo filme, reclamaram sobre imprecisão no filme.

Meses depois da morte de Brahcheau, seu marido contratou um advogado, mas não parece que um processo tenha sido aberto contra o parque. Foi aberto um processo de compensação de empregado (Workers Compensation), mas não está claro se o caso foi resolvido.

Desde o incidente, o SeaWorld foi proibido pelo órgão federal “Occupational Safety and Health Administration” de deixar treinadores dentro da água com as baleias. Mas eles podem entrar no tanque para cuidados médicos com os animais.