Desde 1990, Tijuana é uma das principais trincheiras da guerra entre o cartel de Sinaloa e um outro fundado pelos irmãos Arellano Félix - este último perdeu completamente sua influência na região desde então, segundo autoridades de segurança americanas.
Um dos chefes deste segundo grupo era Teodoro García Simental, conhecido como “El Teo” ou “El Tres Letras”, que em 2008 deixou seu cartel para se unir aos rivais. Isso deu início a uma guerra pelo controle de uma rota de tráfico na região, em que morreram 3 mil pessoas e desapareceram outras 900.
Muitas delas acabaram dissolvidas nos barris do ex-pedreiro Santiago Meza López, conhecido como “El Pozolero”, uma referência à palavra poço em espanhol, porque seus restos foram colocados em fossas clandestinas. López foi preso em 2009 e confessou ter se desfeito de ao menos 300 cadáveres entregues a ele.
Ao ver as fotos das vítimas, ele disse não reconhecer nenhuma delas. O ex-pedreiro insiste que só recebia cadáveres - centenas deles - e que não matava as pessoas, só as dissolvia com soda cáustica e outros produtos químicos.
Até agora foram localizadas três fossas clandestinas, mas acredita-se que há outras ainda por serem descobertas.
As informações são da “BBC Brasil”.
México divulga lista de mais de 22 mil pessoas desaparecidas
O governo mexicano apresentou uma lista atualizada de pessoas desaparecidas no país, em um total de 22.322 casos - 44% deles ocorridos durante o mandato do presidente Enrique Peña Nieto.
A subprocuradora Jurídica e de Assuntos Internacionais da Procuradoria-Geral da República, Mariana Benítez, disse que a atual administração recebeu do governo anterior uma base de dados com um total de 26.121 casos de pessoas desaparecidas. Ela explicou que os dados foram atualizados e o número foi elevado para 29.707 desaparecidos. Até 31 de julho deste ano, tinham sido localizadas 17.175 dessas pessoas, sendo 16.274 vivas, mantendo-se as buscas por 12.532 indivíduos. Somam-se ainda 9.790 casos registrados durante o governo atual.