Uma ex-funcionária da cidade de Hallandale Beach estava pronta para receber uma promoção no emprego. No entanto, a oportunidade veio com uma exigência: ela teria que fazer um curso para diminuir seu sotaque.
Lina Duran, que é colombiana e fez mestrado na New York University, disse que o gerente da cidade, Roger Carlton, exigiu que ela fizesse o curso. Ela disse que ele ofereceu pagar pelo curso, que custaria US$500 a contribuintes da cidade
“Isso foi muito humilhante para as minhas origens. Eu sou latina e tenho um sotaque muito forte. Tenho orgulho de meu sotaque”, disse ela ao programa “War of Words”, da WSVN/7News. “O curso era todos os sábados, tinha lição de casa e era muito intenso”.
O repórter do War of Words, Brian Entin, investigou se esse tipo de curso é comumente exigido de funcionários públicos. Tanto o condado de Miami-Dade quanto o de Broward afirmaram ao repórter que nunca exigiram que seus funcionários fizessem um curso desse tipo.
De acordo com o advogado de Lina, Jason Alderman, ninguém nunca reclamou do sotaque dela. “O sotaque dela sempre foi o mesmo por anos”, disse ele.
Lina entrou com um processo de discriminação contra a cidade de Hallandale. Ela diz que sempre foi chamada de “Colombian Queen” (rainha colombiana) no trabalho. Lina pediu demissão no fim do ano passado.
“A situação começou a piorar. Os comentários começaram a ficar cada vez mais inapropriados”.
A cidade de Hallandale Beach deu a seguinte declaração ao 7News: “Duran está obviamente em busca de um acordo financeiro com a cidade. A cidade já investigou suas alegações de assédio e não encontrou provas”.
Em um e-mail, o gerente da cidade que saiu do cargo este ano, disse que a exigência do curso “era somente uma sugestão e qualquer outra interpretação só pode ser vista como uma tentativa de depreciar meu caráter”.
Duran e a cidade tentaram a mediação, mas a cidade diz que a disputa está indo para o tribunal. Com informações do WSVN.